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02/07/2006
-
14h48
da Agência Lusa, em Dili
Com o final das manifestações pró e contra o ex-primeiro-ministro do Timor Leste, Mari Alkatiri, a capital Dili teve um fim de semana sem incidentes violentos. A ex-colônia portuguesa tenta agora voltar à normalidade institucional, com o retorno dos trabalhos no Parlamento agendado para esta segunda-feira.
Apenas a instalação de postos de controle, sob responsabilidade das tropas internacionais, relembra que o país ainda não saiu da profunda crise social, política e militar em que mergulhou no final de abril.
Cerca de 2.200 efetivos militares da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal começaram a chegar ao país no final de maio, a pedido do governo do Timor, após uma onda de violência que deixou ao menos 30 mortos. Os violentos protestos ocorridos em abril e maio seguiram-se à demissão de 600 militares, que alegavam discriminação da Forças Armadas.
Após a deterioração da segurança pública do país, vários setores pediam a renúncia do premiê Mari Alkatiri, o que ocorreu no último dia 26. Após a saída de Alkatiri, o chanceler e ministro da Defesa, José Ramos Horta, assumiu o governo de transição do Timor.
O presidente Xanana Gusmão está negociando com os partidos locais a formação de um governo que leve o país às eleições marcadas para abril/maio de 2007. Porém, se não houver consenso, o Parlamento será dissolvido e as eleições serão antecipadas.
Parlamento volta ao trabalho
O Parlamento do Timor Leste regressa nesta segunda-feira ao trabalho com os olhos postos na apresentação e debate de uma lei eleitoral que garanta a realização de eleições no país, sejam elas antecipadas ou não, disse hoje à Agência Lusa uma fonte parlamentar.
A apresentação de uma proposta de lei eleitoral terá de partir de um ou mais dos 12 partidos com assento no Parlamento porque a proposta que o governo já tinha entregue deixa de ter existência legal com a queda de Mari Alkatiri.
O ex-premiê vai retomar o lugar de deputado para que foi eleito nas eleições de 2001 e afirmou que vai preparar o partido que tem maioria -- a Fretilin-- para as eleições legislativas.
Desalojados
A ONU, que solicitou no dia 12 à comunidade internacional que ajudasse a financiar as operações de assistência humanitária no Timor Leste para os próximos três meses, alertou este fim de semana que o atraso na liberação desses fundos está obrigando a redução da prestação dos apoios aos desalojados.
Os deslocados, que somam cerca de 150 mil e que se encontram na maioria em instituições ligadas à Igreja Católica, receiam regressar às suas casas, por temerem a repetição da onda de violência.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Timor Leste
Parlamento do Timor Leste retoma trabalhos nesta segunda
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Com o final das manifestações pró e contra o ex-primeiro-ministro do Timor Leste, Mari Alkatiri, a capital Dili teve um fim de semana sem incidentes violentos. A ex-colônia portuguesa tenta agora voltar à normalidade institucional, com o retorno dos trabalhos no Parlamento agendado para esta segunda-feira.
Apenas a instalação de postos de controle, sob responsabilidade das tropas internacionais, relembra que o país ainda não saiu da profunda crise social, política e militar em que mergulhou no final de abril.
Cerca de 2.200 efetivos militares da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal começaram a chegar ao país no final de maio, a pedido do governo do Timor, após uma onda de violência que deixou ao menos 30 mortos. Os violentos protestos ocorridos em abril e maio seguiram-se à demissão de 600 militares, que alegavam discriminação da Forças Armadas.
Após a deterioração da segurança pública do país, vários setores pediam a renúncia do premiê Mari Alkatiri, o que ocorreu no último dia 26. Após a saída de Alkatiri, o chanceler e ministro da Defesa, José Ramos Horta, assumiu o governo de transição do Timor.
O presidente Xanana Gusmão está negociando com os partidos locais a formação de um governo que leve o país às eleições marcadas para abril/maio de 2007. Porém, se não houver consenso, o Parlamento será dissolvido e as eleições serão antecipadas.
Parlamento volta ao trabalho
O Parlamento do Timor Leste regressa nesta segunda-feira ao trabalho com os olhos postos na apresentação e debate de uma lei eleitoral que garanta a realização de eleições no país, sejam elas antecipadas ou não, disse hoje à Agência Lusa uma fonte parlamentar.
A apresentação de uma proposta de lei eleitoral terá de partir de um ou mais dos 12 partidos com assento no Parlamento porque a proposta que o governo já tinha entregue deixa de ter existência legal com a queda de Mari Alkatiri.
O ex-premiê vai retomar o lugar de deputado para que foi eleito nas eleições de 2001 e afirmou que vai preparar o partido que tem maioria -- a Fretilin-- para as eleições legislativas.
Desalojados
A ONU, que solicitou no dia 12 à comunidade internacional que ajudasse a financiar as operações de assistência humanitária no Timor Leste para os próximos três meses, alertou este fim de semana que o atraso na liberação desses fundos está obrigando a redução da prestação dos apoios aos desalojados.
Os deslocados, que somam cerca de 150 mil e que se encontram na maioria em instituições ligadas à Igreja Católica, receiam regressar às suas casas, por temerem a repetição da onda de violência.
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