Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/10/2000 - 09h38

Manifestações continuam em Belgrado

Publicidade

da France Presse
em Belgrado (Iugoslávia)

Milhares de partidários do líder da oposição da Iugoslávia, Vojislav Kostunica, permaneciam concentrados hoje no centro de Belgrado (capital do país), enquanto o ministro russo de Relações Exteriores, Igor Ivanov, iniciava uma visita à capital iugoslava.

A Oposição Democrática da Sérvia (DOS) convocou uma concentração da população para as primeiras horas da tarde. "A Rússia deseja ajudar a resolver de maneira pacífica e legítima a situação na Iugoslávia, produto da anulação do primeiro turno da eleição presidencial de 24 de setembro", declarou Zoran Novakovic, vice-ministro iugoslavo de Relações Exteriores, que recebeu Ivanov em sua chegada a Belgrado.

Um dia depois dos distúrbios em que os partidários da oposição se apoderaram do Parlamento Federal e dos meios de comunicação, até então controlados por Milosevic, as ruas estavam cobertas de lixo, papéis e garrafas vazias.

Numerosos manifestantes, procedentes de diversas cidades das províncias, passaram a noite em frente à Prefeitura de Belgrado, escutando os discursos dos líderes, que pediam à população para não se dispersar.

'Ainda não se decidiu nada, Milosevic não se demitiu e nós não o derrubamos', declarou Milos Jovanovic, um economista de Belgrado que estava entre os manifestantes desde ontem.

Em frente ao prédio da prefeitura, uma nuvem de fumaça ainda saía hoje de manhã de uma janela do Parlamento Federal, incendiado durante os distúrbios de ontem, enquanto os estabelecimentos comerciais abriram normalmente.

Era impossível encontrar um jornal no centro da cidade. "Não recebi mais que cem exemplares do 'Politika' e foram vendidos em cinco minutos", declarou um vendedor.

Hoje o jornal "Politika" anunciou em primeira página: "Sérvia no caminho da democracia", publicando uma foto de Vojislav Kostunica, o candidato à Presidência da Iugoslávia cuja vitória foi questionada por Milosevic. O subtítulo dizia: "ostunika, presidente da Iugoslávia, falou ao povo".

O Exército iugoslavo, a grande incógnita da crise, tranquilizou a população reiterando sua intenção de obedecer à Constituição e de "não agir, a não ser em caso de ameaças diretas contra seus bens e seus homens", segundo a agência de notícias "Tanjug".

O coronel Dragan Velickovic, do serviço de imprensa do Estado Maior do Exército iugoslavo, declarou à agência "Beta" que o Exército "não se intrometerá no processo democrático da Sérvia".


  • Leia mais sobre a crise na Iugoslávia

    Leia mais notícias da France Presse na Folha Online

    Leia mais notícias internacionais na Folha Online
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página