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08/07/2006 - 11h14

Hamas pede, mas Israel rejeita cessar-fogo com palestinos

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da Folha Online

O governo de Israel rejeitou neste sábado a proposta do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, do movimento islâmico extremista Hamas, para um acordo de cessar-fogo na faixa de Gaza e pediu a libertação incondicional do soldado israelense seqüestrado.

"Não negociamos com terroristas. Primeiro devem libertar o soldado seqüestrado são e salvo e suspender seus ataques", declararam porta-vozes do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert.

O governo palestino fez um apelo neste sábado para que os grupos armados extremistas e Israel suspendam as atividades militares, para pôr fim a quase duas semanas de violência que deixaram mais de 40 palestinos mortos.

Haniyeh emitiu um comunicado pedindo para as partes envolvidas suspenderem os ataques. "Se nós quisermos sair desta crise atual, é necessário retornarmos à calma com base na suspensão das operações militares por ambas as partes", afirmou a mensagem divulgada pelo porta-voz do gabinete palestino, Ghazi Hamad, em nome do premiê.

O Hamas também tentou persuadir Israel a iniciar negociações sobre o destino do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado por facções armadas palestinas em 25 de junho.

O movimento extremista islâmico, no entanto, tem enviado sinais conflitantes sobre a crise, em parte por causa das divisões internas no grupo, dividido entre a liderança mais radical baseada na Síria e políticos mais pragmáticos em Gaza.

Segundo Haniyeh, Israel "deve por fim a sua operação militar na faixa de Gaza e retirar suas tropas". Ao mesmo tempo, o premiê pediu "negociações sérias para resolver a questão do soldado israelense".

De acordo com Haniyeh, seu governo está decidido a solucionar o assunto "pela via diplomática e de forma pacífica".

Retirada

Nos combates deste sábado, tropas israelenses trocaram tiros com palestinos armados e tratores buscaram túneis escavados por extremistas perto da Cidade de Gaza.

No norte de Gaza, tanques saíram da cidade de Beit Lahiya, deixando um cenário de destruição depois de tentar estabelecer uma "zona de segurança" para proteger seu Estado dos ataques com foguetes Qassam.

A campanha militar de quase duas semanas de duração de Israel, motivada pelo seqüestro do soldado israelense, colocou o governo do Hamas sob uma pressão crescente. Israel prendeu vários ministros do gabinete palestino e parlamentares do Hamas.

Além de sair de Beit Lahiya, as forças israelenses também se retiraram de Beit Hanoun, da zona industrial da passagem de Erez e de três antigos assentamentos judaicos no norte da faixa de Gaza.

As tropas haviam ocupado a área no início desta semana, criando uma "área de segurança" com a finalidade de evitar ataques com foguetes contra cidades ao sul de Israel, como os que atingiram Ashkelon nesta semana.

As tropas israelenses permanecem no sul da faixa de Gaza, nas proximidades do desativado aeroporto internacional e perto da passagem de Karni, ao leste da Cidade de Gaza, principal ponto de abastecimento do território palestino.

Ofensiva em Gaza

O Exército israelense matou neste sábado quatro palestinos, três deles no bairro de Ash Shiyaiya, no leste da Cidade de Gaza, informaram fontes palestinas citadas pela rádio pública israelense.

Segundo a emissora, entre os três palestinos mortos em Ash Shiyaiya por disparos de um carro de combate estão dois membros do grupo extremista islâmico Hamas. Já no bairro de Az Zaitun, no sudeste da Cidade de Gaza, um agente das forças de segurança palestinas foi morto.

Fontes palestinas informaram que o Exército israelense matou nesta manhã dois palestinos em um ataque aéreo contra uma base das forças de segurança palestinas no nordeste da faixa de Gaza, perto do bairro de Ash Shiyaiya.

Segundo os palestinos, os mortos são Ahmed Sarsak, 18, atingido por um míssil lançado de um caça-bombardeiro israelense contra um posto das forças de segurança palestinas, e Hani Abul Kumbus, 22, agente do serviço de segurança palestino.

A agência de notícias palestina Wafa noticiou um ataque aéreo registrado hoje contra o bairro de Az Zaitun. Na ação, um palestino morreu e outras três pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente.

Segundo fontes médicas palestinas, o Exército disparou um míssil contra um grupo de palestinos que estava em um cruzamento no região leste do bairro de Az Zaitun.

Fontes médicas palestinas também disseram que Khalil al Hayar, 22, morreu neste sábado em decorrência dos ferimentos que sofreu ontem em um ataque israelense contra o norte da faixa de Gaza.

Com agências internacionais

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