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09/07/2006 - 12h30

Olmert se recusa a estabelecer data para fim de ofensiva em Gaza

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da Efe, em Jerusalém

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, recusou-se neste domingo a impor uma data limite para a realização da ofensiva na faixa de Gaza, onde o Exército israelense fez mais ataques aéreos esta madrugada contra instalações civis e milicianos palestinos.

"Isto é uma guerra à qual não se pode impor um calendário", disse Olmert hoje na reunião do conselho de ministros.

O dirigente israelense reiterou que não negociará com o grupo terrorista e partido político Hamas --que controla o governo palestino-- a libertação do soldado Gilad Shalit, seqüestrado por extremistas palestinos da faixa de Gaza em 25 de junho.

"Não negociaremos com o Hamas, não negociaremos com terroristas", disse. Olmert ainda insistiu com seus ministros que não façam declarações sobre os procedimentos para obter o resgate de Shalit "devido à condição delicada do assunto".

Na reunião, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, pediu paciência nos esforços para a libertação do soldado Shalit. Ele argumentou que, com o progresso da operação militar na faixa de Gaza, a oposição palestina à luta aumentará.

O Exército israelense iniciou há treze dias uma operação militar de grande escala em Gaza em resposta ao seqüestro de Shalit e afirma que matou mais de setenta palestinos até o momento --a maioria deles nos últimos três dias.

A ministra de Relações Exteriores Tzipi Livni declarou que o Hamas, um dos responsáveis pelo seqüestro de Shalit, tenta se mostrar moderado e flexível como, por exemplo, com as declarações do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, que pediu um cessar-fogo bilateral neste sábado.

"A intenção é buscar pressão internacional para encerrar a operação em Gaza", disse Livni.

O ministro de Segurança Pública israelense, Avi Dichter, exigiu, na reunião, que o governo informe ao Exército "claramente e sem ambigüidades" que deve fazer tudo ao seu alcance, sem determinar limites, para acabar com o lançamento de foguetes caseiros Qassam contra Israel.

Estas declarações foram feitas após o chefe da brigada Golani, o general Tamir Yadai, dizer hoje que a operação do Exército na faixa de Gaza não freará de nenhuma maneira o disparo de foguetes.

Como os extremistas continuam a disparar foguetes, a operação do Exército israelense se concentra por enquanto no norte da faixa de Gaza, de onde os projéteis são lançados, e não tanto no sul, onde se acredita que Shalit esteja.

Um dos foguetes atingiu esta semana a cidade israelense de Ashkelon e outro feriu um homem de 42 anos hoje em Sderot.

Nesta manhã, as forças aéreas israelenses dispararam mísseis contra pelo menos três grupos de membros de grupos radicais e causaram ferimentos em oito deles, quatro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado do movimento Fatah, e quatro do Jihad Islâmico.

As forças aéreas do Exército israelense voltaram a atacar nesta madrugada uma estação de transformadores que abastece a cidade de Beit Hanun, no norte da faixa de Gaza, e dispararam contra um edifício do movimento nacionalista Fatah ao sul de Gaza e contra uma ponte ao norte.

Além disso, fontes palestinas afirmaram que soldados israelenses voltaram à região onde ficava o assentamento judaico de Doguit antes da saída das tropas e posterior destruição há quase um ano.

O Exército tinha saído neste sábado de Doguit, no extremo norte da faixa de Gaza, após chegar ao local dias antes.

A organização UNRWA, agência da ONU encarregada de ajudar os refugiados palestinos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiram hoje, em comunicado conjunto, que a situação humanitária nesse território palestino piorou.

Estes organismos afirmam que Gaza está à beira de uma catástrofe humanitária e os hospitais só podem funcionar sem energia elétrica por mais duas semanas, quando a gasolina para seus geradores acabará.

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