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17/07/2006 - 10h43

EUA têm força para enfrentar ameaça da Coréia do Norte

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da Folha Online

A Marinha dos EUA tem navios e capacidade suficientes na região da Ásia-Pacífico para enfrentar qualquer ameaça que venha a ser apresentada pelo programa de armas nucleares da Coréia do Norte, disse nesta segunda-feira o chefe de operações navais dos EUA, almirante Michael Mullen.

"Como chefe de nossa Marinha, posso dizer que temos navios suficientes e capacidade suficiente", disse o almirante, que é o principal conselheiro naval do presidente norte-americano, george W. Bush.

Segundo Mullen, os EUA pretendem ampliar o número de porta-aviões no oceano Pacífico, mas indicou que os recentes testes com mísseis realizados pelo governo norte-coreano não tiveram impacto imediato nos planos para a região.

"Neste momento, não estou ciente de nenhuma discussão em curso, que pudesse mudar nossa estratégia geral sobre como posicionaremos nossos navios, dados os eventos [ligados à Coréia do Norte] na semana passada", disse.

As forças armadas norte-coreanas dispararam, no último dia 5, sete mísseis, um deles intercontinental, no mar do Japão, entre a península da Coréia, a Rússia e o Japão. A ação foi condenada por outros países, pois representa a violação de uma moratória nos testes assinada pela Coréia do Norte em 1999.

Entre as armas testadas, está o míssil de longa distância Taepodong-2 --que teria capacidade para atingir o Alasca e falhou 40 segundos após ser lançado. Autoridades do Japão e da Coréia do Sul afirmam que o míssil caiu no oceano, entre a Península da Coréia e o Japão.

O Pentágono vem elaborando planos de deixar à disposição para entrar em operação seis dos 12 porta-aviões disponíveis no Pacífico como resposta ao aumento no tráfego naval na região

Mullen acrescentou que o governo americano trabalha com o Japão para desenvolver um sistema de defesa que incluiria o desenvolvimento de interceptadores de mísseis. "Acreditamos ser uma importante capacitação para o futuro, dadas as ameaças em potencial, demonstradas recentemente, especificamente pela Coréia do Norte."

Exercícios

Ele negou que os exercícios navais realizados atualmente por forças internacionais na região do Havaí seja um ensaio para uma invasão da Coréia do Norte. "Que [os exercícios] tenham um foco individual, como foi sugerido pela Coréia do Norte, claramente não é o caso", disse Mullen. "É importante para nós realizar exercícios com nossos parceiros e aliados. Isso mostra a ênfase que colocamos em nossas operações no Pacífico"

Os exercícios militares na região do Pacífico, que geralmente são realizados uma vez a cada dois anos, reúnem cerca de 19 mil soldados, 40 navios, 160 aviões e seis submarinos dos EUA, da Austrália, do Canadá, Chile, Peru, Japão, Reino Unido e da Coréia do Sul.

O almirante não confirmou a possibilidade de que o porta-aviões americano USS Enterprise, da frota do Atlântico, poderia atracar no porto de Pusan (sudeste da Coréia do Sul) por quatro dias a partir desta terça-feira (18), segundo informação divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Ele disse que uma tal operação teria sido planejada com bastante antecedência e "não estaria ligada aos recentes eventos que ocorreram na Coréia do Norte".

Conselho de Segurança

O governo norte-coreano rejeitou neste sábado (15) uma resolução adotada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas). O documento exige (além da retomada das negociações) a reafirmação, por parte do governo norte-coreano, da moratória unilateral de mísseis balísticos de 1999, e o respeito à declaração conjunta de 19 de setembro de 2005 --na qual o país se comprometeu a abandonar seus programas nucleares de armamento existentes, e a retornar ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

As negociações, que envolvem as Coréias do Norte e do Sul, o Japão, a Rússia, a China e os EUA, estão estagnadas desde setembro do ano passado.

O embaixador da Coréia do Norte na ONU, Pak Gil Yon, classificou a resolução de "injustificável e chantagista".

Ontem, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que a Coréia do Norte não terá escolha a não ser voltar às negociações multilaterais sobre desarmamento nuclear.

"Se [as autoridades norte-coreanas] não quiserem enfrentar mais pressão que pode ser colocada sobre elas, acho que irão entender, no fim, que terão de voltar às negociações multilateriais", disse Rice. "Esse é, na verdade, o único modo de jogar."

Com agências internacionais

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