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17/07/2006
-
22h17
da Folha Online
Ondas gigantes de dois metros de altura atingiram praias e vilas de pescadores na ilha de Java, na Indonésia, nesta segunda-feira, matando ao menos 86 pessoas e deixando vários desaparecidos. O tsunami aconteceu depois de um tremor de 7,7 graus na escala Richter, causando grande destruição no centro do país.
A extensão dos danos causados pelas ondas desta segunda-feira ainda não está clara, segundo a polícia. Várias ruas estão inundadas, sem energia elétrica e telefone. Um número ainda não-determinado de hotéis, restaurantes e casas foram destruídos ou gravemente danificados pelo tremor e pela inundação.
O epicentro do terremoto ocorreu a 48 km de profundidade no oceano Índico e 240 km a sudoeste de Java, balançando prédio altos. O tremor foi sentido também na capital Jacarta. A ilha de Java é uma das áreas de maior densidade demográfica do planeta.
A Cruz Vermelha da Indonésia, a polícia e autoridades locais informaram que ao menos 82 pessoas morreram e que outras 77 estavam desaparecidas, a maior parte em Pangandaran e Cilacap. A rádio El Shinta noticiou ainda outras quatro mortes.
O saldo de vítimas ainda é provisório e varia segundo a fonte, embora todos coincidam em afirmar que o total de mortos deve aumentar nas próximas horas.
Segundo o jornal on-line "Detik", ao menos 80 morreram: 38 no distrito de Ciamis; 34 na ilha de Cilacap; cinco em Tasikmalaya; dois em Gunungkidoli e um em Kebunamen.
Estragos
À medida que a luz do dia começou a aparecer na manhã de terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), as autoridades puderam começar a avaliar melhor os danos causados pelo fenômeno.
Entre as vítimas está um bebê que, segundo testemunhas, foi arrastado pelas águas na praia de Pangandaran, popular destino turístico no sudoeste de Java.
O Ministério de Assuntos Exteriores da Suécia informou sobre o desaparecimento de duas crianças suecas na mesma região.
Um morador afirmou à imprensa local que ondas de dois a cinco metros destruíram hotéis, casas e a frota pesqueira de Pangandaran.
Antes da formação da onda gigante, o Centro Internacional de Informações sobre Tsunamis (ITIC) havia divulgado um alerta de tsunami para a região da Indonésia e da Austrália, que continua em vigor.
Milhares de pessoas fugiram para regiões altas da ilha. Muitas corriam gritando "tsunami, tsunami" e subiam em árvores ou entravam em mesquitas para rezar.
Nesta segunda-feira, uma testemunha relatou ter visto o mar recuar 500 metros na praia meia hora antes de a onda gigante atingir a costa, fenômeno que ocorre antes de um tsunami. "Eu vi os peixes pulando no mar. Em seguida, vi uma onda que parecia uma parede preta", afirmou.
O neozelandês Phil Vain, da Cruz Vermelha da Nova Zelândia, que se encontra no local, afirmou que o trabalho mais difícil será levar assistência aos desabrigados, cujo número ainda é desconhecido.
Segundo o "Detik", 5.000 desabrigados pernoitaram na mesquita Darussalam e na praça central de Cilacap, que se encontra a uma distância de dois quilômetros do mar e cerca de 40 quilômetros ao leste de Pangandaran.
O Exército da Indonésia enviou para a região dois batalhões para que colaborem nas operações de retirada de pessoas e assistência aos feridos. O governo regional de Kebumen estabeleceu dois centros de assistência, que contam com cozinhas.
O sistema de energia elétrica foi cortado em várias zonas, assim como as linhas telefônicas, mas ainda funcionam muitos telefones celulares, e a esperança é de que os serviços interrompidos sejam restabelecidos ao longo desta terça-feira.
Em 2004, terremoto de 8,7 graus causou a pior destruição da história em vários países do leste da África e sul da Ásia, entre eles a Indonésia. A tragédia deixou 220 mil mortos.
Em 27 de maio último, um terremoto de 5,9 graus na escala Richter devastou a ilha de Java, matando mais de 5.800 pessoas, mas áreas ao longo da costa sul não foram afetadas.
Com agências internacionais
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Terremoto seguido de tsunami mata 86 no centro da Indonésia
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Ondas gigantes de dois metros de altura atingiram praias e vilas de pescadores na ilha de Java, na Indonésia, nesta segunda-feira, matando ao menos 86 pessoas e deixando vários desaparecidos. O tsunami aconteceu depois de um tremor de 7,7 graus na escala Richter, causando grande destruição no centro do país.
A extensão dos danos causados pelas ondas desta segunda-feira ainda não está clara, segundo a polícia. Várias ruas estão inundadas, sem energia elétrica e telefone. Um número ainda não-determinado de hotéis, restaurantes e casas foram destruídos ou gravemente danificados pelo tremor e pela inundação.
| AP |
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| Indonésios socorrem criança após tsunami que atingiu Java; ao menos 86 pessoas morreram |
A Cruz Vermelha da Indonésia, a polícia e autoridades locais informaram que ao menos 82 pessoas morreram e que outras 77 estavam desaparecidas, a maior parte em Pangandaran e Cilacap. A rádio El Shinta noticiou ainda outras quatro mortes.
O saldo de vítimas ainda é provisório e varia segundo a fonte, embora todos coincidam em afirmar que o total de mortos deve aumentar nas próximas horas.
Segundo o jornal on-line "Detik", ao menos 80 morreram: 38 no distrito de Ciamis; 34 na ilha de Cilacap; cinco em Tasikmalaya; dois em Gunungkidoli e um em Kebunamen.
Estragos
À medida que a luz do dia começou a aparecer na manhã de terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), as autoridades puderam começar a avaliar melhor os danos causados pelo fenômeno.
Entre as vítimas está um bebê que, segundo testemunhas, foi arrastado pelas águas na praia de Pangandaran, popular destino turístico no sudoeste de Java.
O Ministério de Assuntos Exteriores da Suécia informou sobre o desaparecimento de duas crianças suecas na mesma região.Um morador afirmou à imprensa local que ondas de dois a cinco metros destruíram hotéis, casas e a frota pesqueira de Pangandaran.
Antes da formação da onda gigante, o Centro Internacional de Informações sobre Tsunamis (ITIC) havia divulgado um alerta de tsunami para a região da Indonésia e da Austrália, que continua em vigor.
Milhares de pessoas fugiram para regiões altas da ilha. Muitas corriam gritando "tsunami, tsunami" e subiam em árvores ou entravam em mesquitas para rezar.
Nesta segunda-feira, uma testemunha relatou ter visto o mar recuar 500 metros na praia meia hora antes de a onda gigante atingir a costa, fenômeno que ocorre antes de um tsunami. "Eu vi os peixes pulando no mar. Em seguida, vi uma onda que parecia uma parede preta", afirmou.
O neozelandês Phil Vain, da Cruz Vermelha da Nova Zelândia, que se encontra no local, afirmou que o trabalho mais difícil será levar assistência aos desabrigados, cujo número ainda é desconhecido.
Segundo o "Detik", 5.000 desabrigados pernoitaram na mesquita Darussalam e na praça central de Cilacap, que se encontra a uma distância de dois quilômetros do mar e cerca de 40 quilômetros ao leste de Pangandaran.
O Exército da Indonésia enviou para a região dois batalhões para que colaborem nas operações de retirada de pessoas e assistência aos feridos. O governo regional de Kebumen estabeleceu dois centros de assistência, que contam com cozinhas.
O sistema de energia elétrica foi cortado em várias zonas, assim como as linhas telefônicas, mas ainda funcionam muitos telefones celulares, e a esperança é de que os serviços interrompidos sejam restabelecidos ao longo desta terça-feira.
Em 2004, terremoto de 8,7 graus causou a pior destruição da história em vários países do leste da África e sul da Ásia, entre eles a Indonésia. A tragédia deixou 220 mil mortos.
Em 27 de maio último, um terremoto de 5,9 graus na escala Richter devastou a ilha de Java, matando mais de 5.800 pessoas, mas áreas ao longo da costa sul não foram afetadas.
Com agências internacionais
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