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24/07/2006 - 16h40

Iraque e EUA traçarão plano para enfrentar violência sectária

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da Efe, em Washington

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, chegará nesta segunda-feira a Washington com o objetivo de elaborar, junto ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma estratégia para enfrentar a onda de violência sectária que atinge o país.

Os dois líderes se reunirão amanhã na Casa Branca e discutirão a segurança no país árabe, com especial atenção para Bagdá, onde aconteceram nos últimos dias episódios de violência entre xiitas e sunitas.

"Um dos principais desafios é, obviamente, (...) encontrar um caminho efetivo para garantir a segurança em Bagdá", declarou hoje em entrevista coletiva o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.

Segundo ele, "está muito claro que há uma tentativa de criar o maior caos e confusão possíveis em Bagdá" na atualidade, e por isto a situação na capital iraquiana "terá a maior prioridade para o presidente e o primeiro-ministro".

Snow não comentou as alternativas analisadas para a devolução da estabilidade para Bagdá e que, segundo outras fontes oficiais americanas, poderiam incluir o envio de tropas para a cidade.

As fontes destacam a possibilidade de Bush e de Al Maliki selarem "um acordo sobre os passos que devem ser dados" nesta questão e "sobre mudanças de ênfase, mudanças de recursos" e inclusive movimentos de forças de algumas áreas para outras do país, na qual voltaram a crescer os temores da eclosão de uma guerra civil.

O primeiro-ministro iraquiano descartou totalmente hoje a hipótese de guerra civil durante declarações em Londres, onde realizou uma parada anterior à sua visita à Washington para se reunir com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

Segundo Al Maliki, há "muitos, muitos corpos" em hospitais de Bagdá como resultado da luta sectária, mas "não haverá guerra civil".

Em termos similares, as fontes americanas afirmaram que o Iraque teve "um aumento da violência sectária, o que não constitui uma guerra civil".

Escalada

O número de vítimas aumentou nos últimos dias, apesar de o governo iraquiano ter começado oficialmente no último sábado (22) a aplicar o plano de reconciliação nacional no Iraque, um projeto que tenta envolver todos os grupos, etnias e crenças religiosas no diálogo político.

Por enquanto, a iniciativa ainda não teve resultados, pois pelo menos 55 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas no último domingo (23), em dois atentados com veículos cheios de explosivos em Bagdá e na cidade de Kirkuk.

Bush tentará descobrir o que não está dando certo em seu encontro com Al Maliki, que inicia sua rápida agenda de amanhã com um café da manhã com o conselheiro de Segurança da Casa Branca, Steven Hadley, antes de sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, prevista para as 10h30 (horário de Brasília).

O primeiro-ministro iraquiano, que irá ao Salão Oval acompanhado por vários de seus ministros, entre eles o de Relações Exteriores, Petróleo e Eletricidade, participará depois de um almoço de trabalho com Bush e de um encontro com membros do gabinete do presidente dos EUA.

Na quarta-feira (26), Al Maliki irá ao Congresso americano e se reunirá com mais autoridades governamentais e na quinta-feira (27) viajará para Nova York, a última etapa de sua primeira viagem oficial ao Reino Unido e aos EUA desde que assumiu o cargo, há dois meses.

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