Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/08/2006 - 14h39

Explosões em áreas de lazer matam 12 no Iraque

Publicidade

da Folha Online

Ao menos 12 jovens morreram nesta quarta-feira em duas explosões de bombas artesanais ocorridas em áreas de lazer em um bairro na região oeste de Bagdá, informaram fontes policiais. Outras 22 corpos foram encontrados no país.

Uma explosão matou nove jovens, com idades entre 15 e 25 anos, que jogavam bola em um campo. Pouco antes, outra explosão matou três crianças com idade inferior a 15 anos no bairro residencial de Abu Dshir, na capital Bagdá. Elas brincavam em um pequeno campo de futebol.

Em outro ataque na região, um bomba atingiu uma casa, ferindo um casal e uma criança.

Também nesta quarta-feira, 11 corpos perfurados de balas --e com sinais de tortura-- foram encontrados em Suwayrah, 40 km ao sul de Bagdá. Outras dez pessoas morreram em diferentes ações no Iraque.

Foguetes

Quinze rebeldes e três policiais foram mortos nesta quarta-feira em um conflito na região de Madaen, sul da capital Bagdá, informou a polícia iraquiana.

Os rebeldes dispararam foguetes e morteiros contra as forças policiais iraquianas na cidade, a 65 km de Bagdá, provocando um contra-ataque, informou o coronel Hassan al Dalfi. Quatro policiais e dois civis foram feridos e dez casas foram atingidas durante o conflito, acrescentou.

As mortes ocorrem após um dia sangrento no país. Ontem morreram mais de 50 iraquianos, em sua maioria soldados e policiais, além de um militar dos Estados Unidos --que morreu quando o veículo em que viajava foi atingido por uma bomba no sul da capital Bagdá, de acordo como Exército norte-americano.

O total de militares dos EUA mortos em serviço no Iraque desde o início da guerra, em marco de 2003, chega a 2.578.

As forças de segurança iraquianas enfrentam o recrudescimento da onda de violência no país levadas a cabo pela insurgência. Também enfrentam acusações de corrupção e de manter vínculos com os esquadrões da morte.

O ministro do Interior, Jawad Bolani, anunciou no último domingo (30) a determinação de acabar com os funcionários envolvidos em corrupção ou vinculados a atos de violência sectárias dentro da polícia.

Governo

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, anunciou hoje que o Exército e a polícia iraquianos assumirão ainda neste ano a tarefa de manter a segurança em todo o país, ocupado desde março de 2003 por uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos e o Reino Unido.

O presidente fez o anúncio em entrevista coletiva conjunta com o ministro do Interior, Jawad al Bulani, e vários altos comandantes das forças armadas e de segurança.

"O Exército e a Polícia assumirão a segurança gradualmente em todas as Províncias do país, por isso o papel da coalizão se limitará a ajudar nossas forças", disse Talabani.

O chefe de Estado aproveitou a ocasião para destacar "o progresso mostrado pelos militares e policiais iraquianos em seus deveres, ao ter apreendido e desativado centenas de cargas explosivas e dezenas de carros-bomba".

Além disso, Talabani se disse otimista com o plano de reconciliação nacional vigente no país há duas semanas e acredita que a iniciativa ajudará a acabar com os atentados neste ano.

"Os terroristas islâmicos e os seguidores do ex-presidente Saddam Hussein temem essa iniciativa porque foi bem recebida pelos grupos armados da resistência", afirmou o presidente.

O plano de reconciliação nacional anunciado pelo primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, em junho tem o objetivo de dialogar com os insurgentes para que deponham as armas e façam parte do processo político de transição.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
  • Leia o que já foi publicado sobre atentados contra soldados no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página