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15/08/2006
-
05h02
da France Presse, em Tóquio
O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, visitou nesta segunda-feira (14) o santuário patriótico de Yasukuni, em Tóquio, reativando a polêmica com os países vizinhos invadidos no passado pelo Japão.
Sob um chuva fina, Koizumi chegou ao Yasukuni por volta das 07h45 local (19h45 em Brasília) e foi acompanhado por um sacerdote do xintoísmo, a religião oficial do Japão até 1945.
Após rezar por cerca de dez minutos, Koizumi abandonou o local, sob o olhar de dezenas de militantes de extrema direita, alguns com uniformes paramilitares, carregando a bandeira japonesa.
É a primeira vez, em mais de 20 anos, que um primeiro-ministro japonês em exercício visita Yasukuni na simbólica data de 15 de agosto, que marca a rendição do Japão na 2ª Guerra Mundial. O último premiê do Japão a fazer o mesmo foi Yasuhiro Nakasone.
Reações
A China fez um vigoroso protesto contra a visita, que "desafia a justiça internacional e pisa na consciência da humanidade", segundo um comunicado do ministério chinês das Relações Exteriores.
A Coréia do Sul também condenou o ato, expressando sua "profunda decepção e incômodo" pela peregrinação de Koizumi ao Yasukuni, em nota da chancelaria sul-coreana.
Após a visita, dezenas de chineses se reuniram diante da embaixada do Japão em Pequim para protestar contra a ação de Koizumi.
Os manifestantes, que agitavam bandeiras da China, tentaram entregar uma carta ao embaixador japonês, mas foram impedidos por uma centena de policiais que protegiam a sede diplomática.
Resposta
Koizumi qualificou as críticas de "imaturas": "Dizem que não se deve fazer nada que moleste China ou Coréia do Sul, em nome da diplomacia asiática, mas não concordo com isto".
Logo após a visita, o primeiro-ministro japonês voltou a expressar seu "profundo remorso", em nome do Japão, pelos "enormes sofrimentos" impostos à Ásia durante a Segunda Guerra.
"Em nome do povo japonês, expresso minhas sinceras condolências às vítimas e meu profundo remorso. Temos a responsabilidade de olhar o passado com humildade e transmitir as lições desta guerra terrível às gerações futuras", disse o premiê japonês, na presença do imperador Akihito e da imperatriz Michiko.
Koizumi reafirmou o desejo do Japão de seguir sendo uma nação pacífica, apesar da vontade de seu governo (conservador) de dotar o arquipélago de verdadeiras forças armadas (proibidas pela Constituição de 1947).
Militarismo
O polêmico santuário honra as almas dos 2,5 milhões de japoneses mortos lutando pela pátria, incluindo 14 criminosos de guerra condenados após 1945.
Para a China e outros países que combateram o Japão em diversos conflitos, Yasukuni é um símbolo do militarismo e dos crimes de guerra praticados pelos japoneses.
Desde que chegou ao poder, em abril de 2001, Koizumi visitou o santuário todos os anos, sempre provocando protestos da China e das duas Coréias.
Durante a campanha eleitoral de 2001, Koizumi prometeu visitar o Yasukuni no 15 de agosto, data que reúne no santuário os ex-combatentes e militantes socialistas. No ano passado, Koizumi visitou o santuário em 17 de outubro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Junichiro Koizumi
Visita de premiê a santuário no Japão causa indignação em China e Coréia
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O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, visitou nesta segunda-feira (14) o santuário patriótico de Yasukuni, em Tóquio, reativando a polêmica com os países vizinhos invadidos no passado pelo Japão.
Sob um chuva fina, Koizumi chegou ao Yasukuni por volta das 07h45 local (19h45 em Brasília) e foi acompanhado por um sacerdote do xintoísmo, a religião oficial do Japão até 1945.
Após rezar por cerca de dez minutos, Koizumi abandonou o local, sob o olhar de dezenas de militantes de extrema direita, alguns com uniformes paramilitares, carregando a bandeira japonesa.
É a primeira vez, em mais de 20 anos, que um primeiro-ministro japonês em exercício visita Yasukuni na simbólica data de 15 de agosto, que marca a rendição do Japão na 2ª Guerra Mundial. O último premiê do Japão a fazer o mesmo foi Yasuhiro Nakasone.
Reações
A China fez um vigoroso protesto contra a visita, que "desafia a justiça internacional e pisa na consciência da humanidade", segundo um comunicado do ministério chinês das Relações Exteriores.
A Coréia do Sul também condenou o ato, expressando sua "profunda decepção e incômodo" pela peregrinação de Koizumi ao Yasukuni, em nota da chancelaria sul-coreana.
Após a visita, dezenas de chineses se reuniram diante da embaixada do Japão em Pequim para protestar contra a ação de Koizumi.
Os manifestantes, que agitavam bandeiras da China, tentaram entregar uma carta ao embaixador japonês, mas foram impedidos por uma centena de policiais que protegiam a sede diplomática.
Resposta
Koizumi qualificou as críticas de "imaturas": "Dizem que não se deve fazer nada que moleste China ou Coréia do Sul, em nome da diplomacia asiática, mas não concordo com isto".
Logo após a visita, o primeiro-ministro japonês voltou a expressar seu "profundo remorso", em nome do Japão, pelos "enormes sofrimentos" impostos à Ásia durante a Segunda Guerra.
"Em nome do povo japonês, expresso minhas sinceras condolências às vítimas e meu profundo remorso. Temos a responsabilidade de olhar o passado com humildade e transmitir as lições desta guerra terrível às gerações futuras", disse o premiê japonês, na presença do imperador Akihito e da imperatriz Michiko.
Koizumi reafirmou o desejo do Japão de seguir sendo uma nação pacífica, apesar da vontade de seu governo (conservador) de dotar o arquipélago de verdadeiras forças armadas (proibidas pela Constituição de 1947).
Militarismo
O polêmico santuário honra as almas dos 2,5 milhões de japoneses mortos lutando pela pátria, incluindo 14 criminosos de guerra condenados após 1945.
Para a China e outros países que combateram o Japão em diversos conflitos, Yasukuni é um símbolo do militarismo e dos crimes de guerra praticados pelos japoneses.
Desde que chegou ao poder, em abril de 2001, Koizumi visitou o santuário todos os anos, sempre provocando protestos da China e das duas Coréias.
Durante a campanha eleitoral de 2001, Koizumi prometeu visitar o Yasukuni no 15 de agosto, data que reúne no santuário os ex-combatentes e militantes socialistas. No ano passado, Koizumi visitou o santuário em 17 de outubro.
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