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15/08/2006
-
22h16
da France Presse, em Washington
O presidente americano, George W. Bush, rejeitou a idéia de uma divisão do Iraque para deter a crescente violência naquele país, informou nesta terça-feira um porta-voz da Casa Branca.
"Ele não concorda com isto (...) Não é realizável", disse o porta-voz, Tony Snow, sobre a proposta de dividir o Iraque em regiões distintas de curdos, xiitas e sunitas.
"A maior parte dos iraquianos não quer isto (...) Os iraquianos não se vêem como sunitas, xiitas ou curdos, mas como iraquianos, como descendentes da civilização da Mesopotâmia."
"Eles se vêem mais como um conjunto nacional do que como grupos étnicos", acrescentou Snow.
Defesa
Os xiitas iraquianos começaram a pôr em funcionamento os comitês populares de defesa na cidade de Nayah, ao mesmo tempo em que as forças americanas começavam a construir muros num bairro sunita de Bagdá, em ambos casos como medida de proteção.
"Como primeiro passo em direção à criação dos comitês populares de defesa, começamos hoje a formá-los em Nayah [sul]", declarou Abdul Hussein Abtan, vice-governador da Província xiita e membro do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque (CSRII).
"Estes comitês elegem indivíduos que terão a missão de vigiar, garantir a segurança e prestar atenção aos movimentos suspeitos em seus bairros, em cooperação com as forças de segurança da cidade", afirmou Abtan.
À imagem de seu chefe, Abdel Aziz Hakim, o CSRII --pilar da coalizão xiita que ganhou as eleições--, mas também Moqtada al Sadr, líder radical xiita, pediram em várias ocasiões a criação destes comitês a fim de proteger a população xiita da violência.
Os xiitas estimam que as forças de segurança não cumprem sua tarefa e dizem que é melhor se encarregar da própria segurança para a proteção contra os vários ataques.
Centenas de seus correligionários morreram --35 em um atentado suicida em Nayah-- em vários ataques em agosto, após uma outra série de atentados sangrentos em julho.
Reforço na capital
As forças americanas instalaram no bairro de Dura, em Bagdá, barreiras de cimento para isolar esta zona de maioria sunita da violência. Dura também está submetida a um controle estrito há oito dias, segundo o Exército dos EUA.
O objetivo é impedir a entrada de "terroristas". O bairro foi isolado porque os terroristas o utilizam para incitar atos de violência, segundo a fonte.
"Antes encontrávamos 25 artefatos explosivos por semana. Esta semana, encontramos quatro. É um êxito", explicou o sargento Ronald Loebel.
Após o fracasso de um plano para lutar contra a insegurança em Badgá, ativado em meados de junho, a força internacional presente no país pôs em andamento há uma semana a segunda fase da proposta, que consiste em isolar os bairros para que fiquem mais seguros.
Já o balanço dos atentados do domingo em Zaafaraniya, no sul de Bagdá, foi de 73 mortos e 138 feridos, o mais sangrento desde que o plano de segurança foi lançado.
Nesta terça-feira, 21 pessoas perderam a vida vítimas da violência em todo o país.
Nove pessoas também morreram em um atentado suicida em Mossul (norte), perto de uma das maiores sedes da União Patriótica do Curdistão, partido do presidente iraquiano, Jalal Talabani. As vítimas são "peshmergas" ou milicianos curdos.
Na cidade santa xiita de Karbala (sul), três militares iraquianos e três civis morreram em enfrentamentos entre a polícia e milícias armadas, segundo fontes de segurança.
Seis pessoas, entre elas dois policiais, morreram em vários ataques na região de Baaquba (norte de Bagdá) e um civil morreu em Amara, ao sul da capital.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ataques em série
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EUA rejeitam idéia de divisão do Iraque para conter violência
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O presidente americano, George W. Bush, rejeitou a idéia de uma divisão do Iraque para deter a crescente violência naquele país, informou nesta terça-feira um porta-voz da Casa Branca.
"Ele não concorda com isto (...) Não é realizável", disse o porta-voz, Tony Snow, sobre a proposta de dividir o Iraque em regiões distintas de curdos, xiitas e sunitas.
"A maior parte dos iraquianos não quer isto (...) Os iraquianos não se vêem como sunitas, xiitas ou curdos, mas como iraquianos, como descendentes da civilização da Mesopotâmia."
"Eles se vêem mais como um conjunto nacional do que como grupos étnicos", acrescentou Snow.
Defesa
Os xiitas iraquianos começaram a pôr em funcionamento os comitês populares de defesa na cidade de Nayah, ao mesmo tempo em que as forças americanas começavam a construir muros num bairro sunita de Bagdá, em ambos casos como medida de proteção.
"Como primeiro passo em direção à criação dos comitês populares de defesa, começamos hoje a formá-los em Nayah [sul]", declarou Abdul Hussein Abtan, vice-governador da Província xiita e membro do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque (CSRII).
"Estes comitês elegem indivíduos que terão a missão de vigiar, garantir a segurança e prestar atenção aos movimentos suspeitos em seus bairros, em cooperação com as forças de segurança da cidade", afirmou Abtan.
À imagem de seu chefe, Abdel Aziz Hakim, o CSRII --pilar da coalizão xiita que ganhou as eleições--, mas também Moqtada al Sadr, líder radical xiita, pediram em várias ocasiões a criação destes comitês a fim de proteger a população xiita da violência.
Os xiitas estimam que as forças de segurança não cumprem sua tarefa e dizem que é melhor se encarregar da própria segurança para a proteção contra os vários ataques.
Centenas de seus correligionários morreram --35 em um atentado suicida em Nayah-- em vários ataques em agosto, após uma outra série de atentados sangrentos em julho.
Reforço na capital
As forças americanas instalaram no bairro de Dura, em Bagdá, barreiras de cimento para isolar esta zona de maioria sunita da violência. Dura também está submetida a um controle estrito há oito dias, segundo o Exército dos EUA.
O objetivo é impedir a entrada de "terroristas". O bairro foi isolado porque os terroristas o utilizam para incitar atos de violência, segundo a fonte.
"Antes encontrávamos 25 artefatos explosivos por semana. Esta semana, encontramos quatro. É um êxito", explicou o sargento Ronald Loebel.
Após o fracasso de um plano para lutar contra a insegurança em Badgá, ativado em meados de junho, a força internacional presente no país pôs em andamento há uma semana a segunda fase da proposta, que consiste em isolar os bairros para que fiquem mais seguros.
Já o balanço dos atentados do domingo em Zaafaraniya, no sul de Bagdá, foi de 73 mortos e 138 feridos, o mais sangrento desde que o plano de segurança foi lançado.
Nesta terça-feira, 21 pessoas perderam a vida vítimas da violência em todo o país.
Nove pessoas também morreram em um atentado suicida em Mossul (norte), perto de uma das maiores sedes da União Patriótica do Curdistão, partido do presidente iraquiano, Jalal Talabani. As vítimas são "peshmergas" ou milicianos curdos.
Na cidade santa xiita de Karbala (sul), três militares iraquianos e três civis morreram em enfrentamentos entre a polícia e milícias armadas, segundo fontes de segurança.
Seis pessoas, entre elas dois policiais, morreram em vários ataques na região de Baaquba (norte de Bagdá) e um civil morreu em Amara, ao sul da capital.
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