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16/08/2006
-
09h31
da Efe, em Pequim
A aldeia de pescadores de Shacheng, com 175 mortos, é a maior afetada pelo tufão Saomai, que matou pelo menos 319 pessoas na China, segundo números oficiais divulgados nesta quarta-feira.
As equipes de resgate buscam, cada vez com menos esperanças de encontrar sobreviventes, dezenas de pescadores que desapareceram quando seus barcos afundaram nas águas da localidade, que pertence a Fuding, município da Província de Fujian, no sudeste do país.
Oitavo tufão a atingir este ano a costa chinesa, o Saomai é o mais potente do último meio século e entrou na China na última quinta-feira (10) pela Província oriental de Zhejiang, no leste do país, onde matou 87 pessoas, a maioria soterrada pelos escombros de suas casas, e deixou 52 desaparecidos.
Já em Fujian, o Saomai matou 230 pessoas (incluindo os 175 mortos em Shacheng), ao passo que na vizinha Jiangxi deixou dois mortos e um desaparecido.
"É a maior calamidade de Fuding desde 1949", disse hoje o subdiretor do Departamento de Controle de Seca e Inundações de Fujian, Yang Zhiying, em declaração à agência estatal Xinhua.
Os ventos do tufão no fim de semana alcançaram 252 km/h e levaram os telhados de todas as casas em um raio de 20 quilômetros.
Números
Embora tenha enfraquecido e se transformado em tempestade tropical pouco antes de chegar a terras chinesas, o Saomai, cuja força foi comparada por especialistas à do Katrina, destruiu a frota pesqueira do município de Fuding ao afundar 600 dos 2.600 barcos que a integravam.
Muitos pescadores morreram quando foram para seus barcos logo após o primeiro "golpe" do tufão para tentar salvar seu único meio de subsistência.
Sobre isso, no entanto, há versões diferentes. Fontes citadas pela imprensa de Hong Kong garantem que os pescadores retornaram aos barcos sem saber que o tufão não havia ido embora. Porém, as autoridades locais dizem que eles foram avisados disso.
Nos foros de internet mais populares da China, como o Mopu.com, também aumentam as críticas contra as autoridades pela ocultação do número real de mortos, que, segundo algumas fontes, poderia chegar a mil.
Os meios de comunicação estatais são outro motivo da indignação popular por darem apenas os números oficiais e não escutarem os cidadãos.
"Só emitiram o aviso de tufão pela televisão, mas muitos pescadores vivem a bordo e não têm TV", disse uma mulher que perdeu seu irmão ao jornal "South China Morning Post".
Outro morador acrescentou que "os trabalhos de resgate não foram iniciados imediatamente" e que "foi assim até a segunda-feira (três dias depois da chegada do Saomai), quando começaram a serem enviados navios para buscar sobreviventes e recolher os corpos".
Dinheiro
Segundo a Xinhua, as autoridades de Shacheng, diante das críticas, penduraram ontem cartazes nos quais prometem 800 yuan, o equivalente a US$ 100, por cada corpo recolhido.
Até o momento, as perdas econômicas na localidade foram calculadas em US$ 387,5 milhões, número 15 vezes superior à receita municipal de todo o ano de 2005.
A família de cada morto receberá US$ 625 de indenização. O governo da Província destinou US$ 3 milhões em ajuda de emergência.
Com o rastro do Saomai ainda presente, os meteorologistas já prevêem a chegada de outra tempestade tropical, chamada Wukong.
"Ela pode chegar amanhã ao mar da China Oriental e ao Mar Amarelo com fortes ventos e afetar o tempo no nordeste do país", disse Ren Fumin, do Centro Climatológico da Administração Meteorológica da China, que considera, no entanto, que seus efeitos serão limitados.
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As equipes de resgate buscam, cada vez com menos esperanças de encontrar sobreviventes, dezenas de pescadores que desapareceram quando seus barcos afundaram nas águas da localidade, que pertence a Fuding, município da Província de Fujian, no sudeste do país.
Oitavo tufão a atingir este ano a costa chinesa, o Saomai é o mais potente do último meio século e entrou na China na última quinta-feira (10) pela Província oriental de Zhejiang, no leste do país, onde matou 87 pessoas, a maioria soterrada pelos escombros de suas casas, e deixou 52 desaparecidos.
Já em Fujian, o Saomai matou 230 pessoas (incluindo os 175 mortos em Shacheng), ao passo que na vizinha Jiangxi deixou dois mortos e um desaparecido.
"É a maior calamidade de Fuding desde 1949", disse hoje o subdiretor do Departamento de Controle de Seca e Inundações de Fujian, Yang Zhiying, em declaração à agência estatal Xinhua.
Os ventos do tufão no fim de semana alcançaram 252 km/h e levaram os telhados de todas as casas em um raio de 20 quilômetros.
Números
Embora tenha enfraquecido e se transformado em tempestade tropical pouco antes de chegar a terras chinesas, o Saomai, cuja força foi comparada por especialistas à do Katrina, destruiu a frota pesqueira do município de Fuding ao afundar 600 dos 2.600 barcos que a integravam.
Muitos pescadores morreram quando foram para seus barcos logo após o primeiro "golpe" do tufão para tentar salvar seu único meio de subsistência.
Sobre isso, no entanto, há versões diferentes. Fontes citadas pela imprensa de Hong Kong garantem que os pescadores retornaram aos barcos sem saber que o tufão não havia ido embora. Porém, as autoridades locais dizem que eles foram avisados disso.
Nos foros de internet mais populares da China, como o Mopu.com, também aumentam as críticas contra as autoridades pela ocultação do número real de mortos, que, segundo algumas fontes, poderia chegar a mil.
Os meios de comunicação estatais são outro motivo da indignação popular por darem apenas os números oficiais e não escutarem os cidadãos.
"Só emitiram o aviso de tufão pela televisão, mas muitos pescadores vivem a bordo e não têm TV", disse uma mulher que perdeu seu irmão ao jornal "South China Morning Post".
Outro morador acrescentou que "os trabalhos de resgate não foram iniciados imediatamente" e que "foi assim até a segunda-feira (três dias depois da chegada do Saomai), quando começaram a serem enviados navios para buscar sobreviventes e recolher os corpos".
Dinheiro
Segundo a Xinhua, as autoridades de Shacheng, diante das críticas, penduraram ontem cartazes nos quais prometem 800 yuan, o equivalente a US$ 100, por cada corpo recolhido.
Até o momento, as perdas econômicas na localidade foram calculadas em US$ 387,5 milhões, número 15 vezes superior à receita municipal de todo o ano de 2005.
A família de cada morto receberá US$ 625 de indenização. O governo da Província destinou US$ 3 milhões em ajuda de emergência.
Com o rastro do Saomai ainda presente, os meteorologistas já prevêem a chegada de outra tempestade tropical, chamada Wukong.
"Ela pode chegar amanhã ao mar da China Oriental e ao Mar Amarelo com fortes ventos e afetar o tempo no nordeste do país", disse Ren Fumin, do Centro Climatológico da Administração Meteorológica da China, que considera, no entanto, que seus efeitos serão limitados.
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