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29/08/2006 - 17h12

Hugo Chávez muda agenda e visita a Síria nesta quarta-feira

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da Efe, em Damasco

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fará nesta quarta-feira sua primeira visita à Síria, onde se reunirá com seu colega Bashar al Assad, em uma visita que não estava prevista em sua agenda inicial.

Chávez, considerado na Síria e em grande parte do mundo muçulmano um defensor das "legítimas causas árabes", deve chegar nas próximas horas a Damasco procedente da Malásia.

Antes de partir de Kuala Lumpur, o presidente venezuelano não quis dar detalhes sobre sua viagem a Damasco, se limitando a dizer que haverá "um evento muito importante" no país.

Em declarações à Efe, fontes diplomáticas da Síria afirmaram que é provável que a reunião entre os dois líderes seja centrada nas conseqüências da guerra no Líbano e na coordenação de posturas para fazer frente às pressões de Washington a Damasco e Caracas.

Além disso, consideraram que a Venezuela, quarto produtor de petróleo do mundo, pode ajudar a Síria a enfrentar as tentativas do governo americano de isolar a Síria --que figura na lista de países que patrocinam o terrorismo internacional, elaborada pelos EUA.

A viagem de Chávez à Síria é "mais um gesto simbólico de apoio do que uma visita de trabalho" e faz parte de uma estratégia de Caracas para se aproximar de países que se opõem à política do governo do presidente americano, George W. Bush, acrescentaram as fontes diplomáticas.

A agência oficial de notícias síria Sanaa elogiou o fato de que, para Chávez, "os interesses nacionais são prioritários no tratamento com os Estados Unidos, país que tenta influenciar na decisão da Venezuela, especialmente no âmbito petrolífero".

Os nomes de Chávez e da Venezuela têm aparecido com freqüência nas últimas semanas em vários artigos publicados em todo o mundo árabe, e também na Síria, especialmente após a decisão de Caracas de retirar seu representante em Israel.

Chávez qualificou de "genocídio" a ofensiva militar israelense contra o Líbano, que causou mais de 1.300 mortes e deixou 4.000 feridos, além de danos materiais avaliados em bilhões de dólares.

A Síria é considerada a principal aliada árabe do Irã, país que Chávez visitou várias vezes nos últimos anos, e as duas nações são vistas como os maiores patrocinadores do grupo terrorista libanês Hizbollah, assim como das facções armadas palestinas que lutam contra Israel.

Para Damasco e Teerã, estas organizações são grupos de "resistência legítima" contra a ocupação israelense dos territórios árabes.

Síria e Venezuela estabeleceram relações diplomáticas em 1958 e, apesar do fato de este último país possuir uma grande colônia síria, as relações econômicas e comerciais bilaterais "deixam a desejar", segundo a embaixadora venezuelana em Damasco, Dia Nader De El Andari.

"O volume das relações econômicas é muito baixo e não chega ao nível das relações políticas", disse a diplomata em recente entrevista ao jornal sírio "Al Baath".

De El Andari lamentou que a embaixada venezuelana em Damasco não tenha "atividades econômicas, comerciais ou culturais" e afirmou que os dois países trabalham atualmente para aumentar as relações de cooperação em vários âmbitos, sobretudo em temas culturais e sociais.

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