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31/08/2006 - 21h19

Venezuela construirá duas instalações militares na Bolívia

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da Efe, em La Paz

A Venezuela construirá duas instalações militares na Bolívia e comprará bônus desse país por US$ 100 milhões para ajudar a cobrir o déficit do orçamento boliviano, informou nesta quinta-feira uma fonte parlamentar.

Os acordos foram aprovados ontem à noite pela Câmara dos Deputados da Bolívia.

Segundo o presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da Bolívia, Michiaki Nagatani, as Forças Armadas venezuelanas construirão um porto em Quijarro, sobre o rio Paraguai, na fronteira com o Brasil, e um forte militar no povoado de Riberalta, no Departamento de Beni.

Segundo cálculos preliminares, o porto custará US$ 25 milhões e o forte outros US$ 22 milhões. Ainda não se sabe se será uma doação ou um empréstimo venezuelano.

O governo do presidente Evo Morales negou que a ajuda militar venezuelana represente "uma ingerência ou intromissão" na segurança interna da Bolívia, como denunciou a oposição.

"Nós acreditamos que o Estado deve preservar [os aspectos militares] para sua própria soberania", disse o deputado.

Segundo Nagatani, a Venezuela também prestará ajuda em legislação militar, prevenção de conflitos, controle de armamento e desarmamento, gestão orçamentária, apoio à paz, buscas, resgates, operações humanitárias e controle de substâncias químicas.

O convênio prevê ainda que a Venezuela auxilie na melhora do material bélico das Forças Armadas e na formação de um batalhão de engenheiros para a construção de estradas.

Outro acordo aprovado pelos deputados prevê que o governo venezuelano comprará na bolsa boliviana bônus do Estado por pelo menos US$ 100 milhões, para ajudar o país a cobrir seu déficit fiscal.

Os outros dois convênios aprovados estabelecem intercâmbio tecnológico no setor de telecomunicações, com a instalação de rádios e um canal de televisão comunitários em zonas rurais bolivianas.

Segundo Nagatani, o governo assegurou que os meios de comunicação terão uma função "cultural" e serão utilizados para a "capacitação, alfabetização e apoio comunitário".

A oposição pediu que os acordos não sejam usados como instrumento político ou de propaganda governista.

Os convênios, que haviam sido assinados por Morales e Hugo Chávez, foram remetidos pelos deputados ao Senado, onde devem ser votados nos próximos dias.

Especial
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