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02/09/2006
-
21h38
da Efe, no México
A esquerda mexicana advertiu neste sábado que não permitirá que a suposta fraude nas eleições presidenciais de 2 de julho se concretizem, às vésperas do anúncio da decisão oficial sobre a validade do processo.
Um dia após boicotar a leitura do relatório de governo que o presidente Vicente Fox pretendia apresentar ao Congresso, os parlamentares de esquerda afirmaram que vão impedir a qualquer custo a possível proclamação de Felipe Calderón como presidente.
O Tribunal Eleitoral mexicano (Tepjf) tem até a próxima quarta-feira para anunciar sua decisão final.
Calderón obteve uma vantagem de 243.934 votos (0,58 ponto percentual) sobre o líder de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que pediu a impugnação dos resultados perante o Tepjf.
Depois de fazer a recontagem de parte dos votos, o Tepjf se dispôs a declarar a validade da eleição, oficializando assim a vitória de Calderón.
Fraude
López Obrador afirma que Fox e outros líderes "de direita" prepararam a suposta fraude contra sua candidatura, e convocou uma "Convenção Nacional Democrática" para o dia 16 de setembro, Dia da Independência do México. O candidato expressou sua intenção de formar um "governo paralelo de resistência".
"Não permitiremos, de maneira nenhuma, que se legitime e se consume a grande fraude eleitoral de 2 de julho", disse hoje Martí Batres, um dos líderes do Partido da Revolução Democrática (PRD), o mesmo de López Obrador.
Batres fez a declaração ao participar de uma "assembléia popular" na Cidade do México com vistas à Convenção Nacional que acontecerá na praça do Zócalo. São esperadas mais de um milhão de pessoas de "todo o país" para proclamar o líder de esquerda como "presidente legítimo".
Protesto
Milhares de militantes de esquerda ocupam há três semanas várias ruas da capital e a praça do Zócalo, em frente ao local onde Fox deve conduzir a cerimônia do Grito da Independência, na noite de 15 de setembro, e um desfile militar, no dia seguinte.
Caso o Tepjf declare as eleições válidas, o presidente eleito deverá tomar posse no próximo dia 1º de dezembro, para um mandato de seis anos.
Batres não mencionou detalhes de sua "estratégia" para evitar a possível proclamação de Calderón, mas expressou satisfação pelo fato de os legisladores do seu partido terem impedido na sexta-feira que o governante lesse seu último relatório de governo ao Congresso.
Fox se limitou a entregar seu relatório aos diretores da Câmara dos Deputados, que o receberam na entrada do recinto, e depois o transmitiu pela televisão.
Os congressistas sabotaram a leitura do relatório ocupando o palanque da Câmara dos Deputados, com o argumento de que o Governo havia "restringido as garantias constitucionais" ao ordenar uma forte vigilância militar e policial nos arredores do Congresso.
Ofensa
O chefe de Estado, que hoje leu o relatório em seu programa radiofônico "Fox contigo", acusou o PRD de ter "ofendido" a "instituição presidencial" e o "povo mexicano".
Fontes oficiais disseram à Efe que não consideram que a ação dos legisladores do PRD tenha representado um sinal de "ingovernabilidade", e destacaram que Fox cumpriu com o que determina a Carta Magna ao ir até o Congresso e apresentar seu relatório por escrito.
O analista Gabriel Gutiérrez, professor universitário de Ciências Políticas, afirmou que o ato da sexta-feira foi "um sinal de ingovernabilidade em meio à crise pós-eleitoral", e que "um precedente nefasto pode manchar as cerimônias de 15 e 16 de setembro e a eventual posse de Calderón".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições no México
Esquerda mexicana ameaça boicotar posse de Calderón
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A esquerda mexicana advertiu neste sábado que não permitirá que a suposta fraude nas eleições presidenciais de 2 de julho se concretizem, às vésperas do anúncio da decisão oficial sobre a validade do processo.
Um dia após boicotar a leitura do relatório de governo que o presidente Vicente Fox pretendia apresentar ao Congresso, os parlamentares de esquerda afirmaram que vão impedir a qualquer custo a possível proclamação de Felipe Calderón como presidente.
O Tribunal Eleitoral mexicano (Tepjf) tem até a próxima quarta-feira para anunciar sua decisão final.
Calderón obteve uma vantagem de 243.934 votos (0,58 ponto percentual) sobre o líder de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que pediu a impugnação dos resultados perante o Tepjf.
Depois de fazer a recontagem de parte dos votos, o Tepjf se dispôs a declarar a validade da eleição, oficializando assim a vitória de Calderón.
Fraude
López Obrador afirma que Fox e outros líderes "de direita" prepararam a suposta fraude contra sua candidatura, e convocou uma "Convenção Nacional Democrática" para o dia 16 de setembro, Dia da Independência do México. O candidato expressou sua intenção de formar um "governo paralelo de resistência".
"Não permitiremos, de maneira nenhuma, que se legitime e se consume a grande fraude eleitoral de 2 de julho", disse hoje Martí Batres, um dos líderes do Partido da Revolução Democrática (PRD), o mesmo de López Obrador.
Batres fez a declaração ao participar de uma "assembléia popular" na Cidade do México com vistas à Convenção Nacional que acontecerá na praça do Zócalo. São esperadas mais de um milhão de pessoas de "todo o país" para proclamar o líder de esquerda como "presidente legítimo".
Protesto
Milhares de militantes de esquerda ocupam há três semanas várias ruas da capital e a praça do Zócalo, em frente ao local onde Fox deve conduzir a cerimônia do Grito da Independência, na noite de 15 de setembro, e um desfile militar, no dia seguinte.
Caso o Tepjf declare as eleições válidas, o presidente eleito deverá tomar posse no próximo dia 1º de dezembro, para um mandato de seis anos.
Batres não mencionou detalhes de sua "estratégia" para evitar a possível proclamação de Calderón, mas expressou satisfação pelo fato de os legisladores do seu partido terem impedido na sexta-feira que o governante lesse seu último relatório de governo ao Congresso.
Fox se limitou a entregar seu relatório aos diretores da Câmara dos Deputados, que o receberam na entrada do recinto, e depois o transmitiu pela televisão.
Os congressistas sabotaram a leitura do relatório ocupando o palanque da Câmara dos Deputados, com o argumento de que o Governo havia "restringido as garantias constitucionais" ao ordenar uma forte vigilância militar e policial nos arredores do Congresso.
Ofensa
O chefe de Estado, que hoje leu o relatório em seu programa radiofônico "Fox contigo", acusou o PRD de ter "ofendido" a "instituição presidencial" e o "povo mexicano".
Fontes oficiais disseram à Efe que não consideram que a ação dos legisladores do PRD tenha representado um sinal de "ingovernabilidade", e destacaram que Fox cumpriu com o que determina a Carta Magna ao ir até o Congresso e apresentar seu relatório por escrito.
O analista Gabriel Gutiérrez, professor universitário de Ciências Políticas, afirmou que o ato da sexta-feira foi "um sinal de ingovernabilidade em meio à crise pós-eleitoral", e que "um precedente nefasto pode manchar as cerimônias de 15 e 16 de setembro e a eventual posse de Calderón".
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