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03/09/2006 - 03h42

Desocupação do Líbano deve ocorrer em duas semanas, segundo jornal israelense

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da Efe, em Jerusalém

As tropas israelenses que ocupam parte do sul libanês devem retirar-se em torno de 10 a 14 dias, segundo fontes militares israelenses -- caso a efetivação da Finul, missão militar da ONU (Organização das Nações Unidas), obtenha sucesso.

"Desejamos completar a retirada o mais rápido possível, ninguém deseja permanecer no Líbano mais que o necessário", disseram as fontes, citadas hoje pelo jornal israelense "Ha'aretz".

Os militares estão satisfeitos com o ritmo do envio das forças multinacionais que devem vigiar o cessar-fogo entre Israel e o grupo Hizbollah.

Segundo a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu as condições para o cessar-fogo, em vigor desde 14 de agosto, as forças israelenses devem se retirar em uma primeira etapa a uma faixa de um a dois kms, ao norte da fronteira entre os dois países. Na segunda etapa, as forças deverão recuar até a "linha azul", traçada pelo organismo em 2000.

Os soldados israelenses devem ser substituídos por 15 mil efetivos do Exército Nacional libanês, que assumirão o controle no sul, e outros 15 mil homens de uma força internacional, dos quais a ONU conta até o momento com cerca de 8 mil.

A maioria dos reservistas israelenses que participaram dos combates com os milicianos libaneses já retornou a Israel. Somente duas brigadas do Exército regular permanecem no sul, à espera da mobilização dos libaneses e dos efetivos da Finul.

Desde o cessar-fogo, os soldados israelenses fizeram tarefas como o desmantelamento de abrigos subterrâneos, arsenais e outras instalações do Hizbollah. Segundo a resolução 1701, os combatentes do grupo xiita não poderão voltar a atuar no sul do Líbano, do rio Litani à fronteira com Israel.

Enquanto isso, o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, contrariando a opinião do primeiro-ministro Ehud Olmert, manifestou-se a favor de uma investigação judicial dos erros ocorridos durante o conflito, denunciados publicamente por reservistas e pela oposição.

Por enquanto, não se sabe se Olmert, que designou uma comissão oficial e outra de oficiais militares para a investigação, satisfará Peretz, líder dos trabalhistas, e os que exigem uma investigação presidida por um juiz da Suprema Corte israelense.

Seis subcomissões parlamentares começaram hoje sua própria investigação sobre o comportamento do Executivo e das Forças Armadas antes e durante o conflito, no qual 116 soldados e 41 civis israelenses morreram e milhares de pessoas ficaram feridas.

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