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05/09/2006
-
09h42
da Efe, em Jerusalém
O líder trabalhista e ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, exigirá nesta terça-feira que o chefe do governo, Ehud Olmert, defina sua política para os palestinos após a suspensão dos planos para uma retirada unilateral da Cisjordânia.
Peretz deve fazer sua reivindicação hoje em uma reunião urgente do Gabinete Nacional, informaram fontes ligadas ao ministro e ex-líder da Confederação de Trabalhadores (Histadrut).
O ministro, cujo partido integra a atual coalizão de governo, manifestou sua reivindicação depois de o primeiro-ministro ter anunciado na segunda-feira no Parlamento (Knesset) sua renúncia à retirada unilateral do território ocupado da Cisjordânia, alegando que "não é o mais indicado" neste momento.
Olmert anunciou sua decisão ontem na Comissão Parlamentar para Exteriores e Defesa, embora tenha reconhecido que, depois da guerra com o Hizbollah no Líbano, "o problema mais urgente do governo é solucionar a questão palestina".
A opinião é compartilhada por Peretz e pela ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, que viajará na semana que vem a Washington para se reunir com a Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, com quem discutirá assuntos relacionados com o Líbano e, segundo fontes políticas, deve "preparar uma reunião" entre Olmert e o presidente George W.Bush, ainda sem data.
Retirada
O chefe do governo, que está no poder desde maio deste ano, tinha anunciado uma retirada unilateral com o objetivo de "fixar as fronteiras definitivas" do Estado israelense com os palestinos, caso fracassassem os esforços da comunidade internacional para obter uma solução negociada.
O plano "da convergência" despertou reações indignadas do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que exige a retirada israelense de toda a Cisjordânia para estabelecer em Gaza e em Jerusalém Oriental seu Estado independente.
Uma retirada unilateral, assim como a que ocorreu no ano passado em Gaza, implicaria a anexação de parte da Cisjordânia sob a soberania israelense, onde ficaria a maior parte dos colonos e dos grandes assentamentos judaicos.
No entanto, a suspensão do "plano de convergência" não representa uma negativa em negociar a retirada com Abbas segundo o plano de paz do Quarteto de Madri --formado por Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e a ONU--, como afirmou Olmert ao assumir o governo.
Plano
No entanto, depois de passar mais de três anos nos círculos diplomáticos, o plano de paz, um guia com obrigações para as duas partes que prevê a criação de um Estado palestino, nunca chegou a prosperar.
O ministro do Interior de Israel, Roni Baron, um dos mais próximos ao chefe do governo, afirmou esta manhã que o plano para uma retirada unilateral ou negociada "não está morto".
Segundo Baron, israelenses e palestinos "não foram feitos para viverem no mesmo lugar; é preciso separá-los, mas, neste momento, é impossível fazê-lo de forma unilateral".
Quanto ao futuro das negociações com o presidente palestino Mahmoud Abbas, "haverá conversas, mas segundo as nossas exigências".
"Não vamos negociar com aqueles cuja bandeira clama nossa destruição", acrescentou Baron, em alusão ao Hamas, a cargo do governo da ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Visita
Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, está disposto a negociar com Israel e iniciou ontem uma viagem pelo mundo árabe para tentar relançar o processo de paz.
Os 22 ministros de Relações Exteriores árabes devem se reunir na quarta-feira no Cairo para lançar uma nova versão do plano de paz com Israel proposto pela Arábia Saudita na cúpula de Beirute, em 2002, e rejeitada na época por Israel.
A versão atual da proposta saudita propõe a convocação de uma nova "Conferência de Madri", como a realizada em 1991 para estabelecer os princípios básicos que regerão as negociações de paz, segundo antecipa hoje o jornal israelense "Yedioth Ahronoth".
A publicação afirma que, após a Conferência, se iniciarão as negociações entre Israel, palestinos, libaneses e sírios.
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre Ehud Olmert
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Peretz exige que Olmert esclareça sua política para palestinos
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O líder trabalhista e ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, exigirá nesta terça-feira que o chefe do governo, Ehud Olmert, defina sua política para os palestinos após a suspensão dos planos para uma retirada unilateral da Cisjordânia.
Peretz deve fazer sua reivindicação hoje em uma reunião urgente do Gabinete Nacional, informaram fontes ligadas ao ministro e ex-líder da Confederação de Trabalhadores (Histadrut).
O ministro, cujo partido integra a atual coalizão de governo, manifestou sua reivindicação depois de o primeiro-ministro ter anunciado na segunda-feira no Parlamento (Knesset) sua renúncia à retirada unilateral do território ocupado da Cisjordânia, alegando que "não é o mais indicado" neste momento.
Olmert anunciou sua decisão ontem na Comissão Parlamentar para Exteriores e Defesa, embora tenha reconhecido que, depois da guerra com o Hizbollah no Líbano, "o problema mais urgente do governo é solucionar a questão palestina".
A opinião é compartilhada por Peretz e pela ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, que viajará na semana que vem a Washington para se reunir com a Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, com quem discutirá assuntos relacionados com o Líbano e, segundo fontes políticas, deve "preparar uma reunião" entre Olmert e o presidente George W.Bush, ainda sem data.
Retirada
O chefe do governo, que está no poder desde maio deste ano, tinha anunciado uma retirada unilateral com o objetivo de "fixar as fronteiras definitivas" do Estado israelense com os palestinos, caso fracassassem os esforços da comunidade internacional para obter uma solução negociada.
O plano "da convergência" despertou reações indignadas do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que exige a retirada israelense de toda a Cisjordânia para estabelecer em Gaza e em Jerusalém Oriental seu Estado independente.
Uma retirada unilateral, assim como a que ocorreu no ano passado em Gaza, implicaria a anexação de parte da Cisjordânia sob a soberania israelense, onde ficaria a maior parte dos colonos e dos grandes assentamentos judaicos.
No entanto, a suspensão do "plano de convergência" não representa uma negativa em negociar a retirada com Abbas segundo o plano de paz do Quarteto de Madri --formado por Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e a ONU--, como afirmou Olmert ao assumir o governo.
Plano
No entanto, depois de passar mais de três anos nos círculos diplomáticos, o plano de paz, um guia com obrigações para as duas partes que prevê a criação de um Estado palestino, nunca chegou a prosperar.
O ministro do Interior de Israel, Roni Baron, um dos mais próximos ao chefe do governo, afirmou esta manhã que o plano para uma retirada unilateral ou negociada "não está morto".
Segundo Baron, israelenses e palestinos "não foram feitos para viverem no mesmo lugar; é preciso separá-los, mas, neste momento, é impossível fazê-lo de forma unilateral".
Quanto ao futuro das negociações com o presidente palestino Mahmoud Abbas, "haverá conversas, mas segundo as nossas exigências".
"Não vamos negociar com aqueles cuja bandeira clama nossa destruição", acrescentou Baron, em alusão ao Hamas, a cargo do governo da ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Visita
Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, está disposto a negociar com Israel e iniciou ontem uma viagem pelo mundo árabe para tentar relançar o processo de paz.
Os 22 ministros de Relações Exteriores árabes devem se reunir na quarta-feira no Cairo para lançar uma nova versão do plano de paz com Israel proposto pela Arábia Saudita na cúpula de Beirute, em 2002, e rejeitada na época por Israel.
A versão atual da proposta saudita propõe a convocação de uma nova "Conferência de Madri", como a realizada em 1991 para estabelecer os princípios básicos que regerão as negociações de paz, segundo antecipa hoje o jornal israelense "Yedioth Ahronoth".
A publicação afirma que, após a Conferência, se iniciarão as negociações entre Israel, palestinos, libaneses e sírios.
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