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10/09/2006 - 14h46

Imigração de muçulmanos para os EUA cresce depois do 11/9, diz "NYT"

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da Folha Online

Cinco anos depois do 11 de Setembro, o número de imigrantes muçulmanos que chega aos EUA vem registrando crescimento acentuado, segundo reportagem deste domingo do diário norte-americano "The New York Times".

Citando número obtidos junto ao DHS (Departamento de Segurança Nacional, na sigla em inglês), a reportagem informa que em 2005 cerca de 96 mil pessoas de países predominantemente islâmicos conseguiram se tornar residentes legais permanentes nos EUA --número maior que nos 20 anos anteriores.

Desses que foram legalizados, 40 mil entraram nos EUA no ano passado, maior número desde os ataques --que destruíram as duas torres do World Trade Center, em Nova York, e atingiram o Pentágono, em Washington.

O número de imigrantes muçulmanos no país registrou um crescimento expressivo desde meados dos anos 60. Nas três décadas seguintes, a porcentagem de muçulmanos que se graduaram superou a de imigrantes de outras nacionalidades no país, e o salário médio deles é cerca de 20% maior, segundo os dados do DHS citados pelo "NYT".

Depois do 11 de Setembro, aumentaram os casos de violência e discriminação contra a população muçulmana nos EUA. Alguns homens muçulmanos --os principais alvos, tanto da violência como do preconceito-- tiveram inclusive de mudar seus nomes e um grande número de famílias se se mudou para o Canadá, diz o texto.

Segundo o diário americano, a situação hoje dos imigrantes muçulmanos tem vantagens em relação ao período pré 11/9: os centros islâmicos estão mais organizados, há cursos de inglês para os recém-chegados e a ajuda legal gratuita está mais acessível.

Mesmo assim, ainda há dificuldades: muçulmanos continuam a enfrentar longos períodos de espera nos setores de imigração de aeroportos americanos e são freqüentemente submetidos a questionamentos, diz a reportagem.

Queda, depois crescimento

Nem o DHS nem o Escritório do Censo dos EUA questionam sobre religião, por isso, o número de muçulmanos é baseado nos dados sobre a chegada de imigrantes de países onde predomina a religião islâmica. A estimativa é de que a população de muçulmanos no país seja de até seis milhões de pessoas, diz o "NYT".

Logo após o 11 de Setembro, o número de imigrantes desses países caiu --o número de turistas, estudantes e outros não-imigrantes também caiu, quase pela metade, diz o texto, com destaque para os oriundos do Paquistão, Marrocos e Irã.

Isso tanto porque o Departamento de Estado e o DHS reforçaram as normas de segurança como porque menos pessoas desses países procuraram obter vistos para os EUA.

A partir de 2004, no entanto, a imigração de muçulmanos voltou a crescer: os novos imigrantes de Bangladesh, da Turquia e da Argélia cresceram em 20%, segundo o Escritório do Censo, devido principalmente a um aumento no número de pedidos de visto --mais do que a um relaxamento nas restrições de segurança, disse o porta-voz do Serviço de Imigração e Cidadania dos EUA, Chris Bentley, ao "NYT".

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