OAB pede ao MEC que investigue Unip de Goiás

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, afirma que entrou em contato com o MEC (Ministério da Educação) assim que soube do caso do menino de oito anos aprovado no vestibular em Goiás. O órgão se propôs a investigar a universidade de maneira mais rigorosa.

João Victor Portellinha foi aprovado para o curso de direito da Unip (Universidade Paulista) em Goiânia (GO). A mãe dele chegou a fazer a matrícula, mas, nesta quinta-feira, a instituição de ensino recusou que o menino ingressasse na universidade.

Cezar Britto

Para Britto, isto demonstra que é preciso uma apuração mais rigorosa nos cursos de direito. "Nós já chegamos a um ponto em que parte das instituições de ensino estão muito mais preocupadas com o lucro do que propiciar àquele estudante necessitado a perspectiva de uma ascensão social. Essas faculdades, que não cuidam do saber, apenas praticam o que nós chamamos de estelionato educacional."

Segundo ele, a OAB tem trabalhado em parceria com o MEC em várias ações de fiscalização, entretanto é preciso muito mais para que casos como o de João Victor não se repitam.