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"O que você achou da suposta garfada para o LA
Lakers chegar à final? Assim como o sonho do Ricardo Teixeira
é uma final entre Corinthians e Flamengo, uma decisão
entre LA e New York seria de muito agrado para o sr. Stern (David,
máximo dirigente da NBA).
Ficou nítido que Shaq ficou intocável - e podia espancar
quem o estivesse marcando."
(Eduardo Telles)
Não sei de onde surgiu a idéia de que os Blazers foram garfados
nas finais do Oeste. Talvez algum comentarista de TV brasileiro
tenha espalhado essa visão imprecisa. O fato é que muitos leitores
me escreveram para pedir que comentasse a tal roubalheira.
Bem,
pessoal, nenhum jogador ou membro da comissão técnica do
Portland culpou a arbitragem pela eliminação, uma prova definitiva de
que não houve conspiração. Em todo o caso, é bom saber que:
1) O
time da casa sempre leva o benefício da dúvida na marcação dos
juízes. É uma verdade absoluta na NBA - e em todo lugar;
2) Nos
momentos críticos do sétimo e decisivo jogo em questão, os juízes
só erraram uma vez a favor dos Lakers, ao não anotar uma falta de
O'Neal em Steve Smith no último minuto. Mas também falharam uma
vez a favor dos Blazers, ao invalidar como "goaltending" um toco
legítimo de O'Neal em Rasheed Wallace;
3) Se os juízes fossem
rigorosos, marcariam uma falta toda vez que O'Neal recebesse a
bola, porque é isso o que acontece - nenhum jogador apanha tanto
quanto o pivô dos Lakers;
4) Na NBA, é permitido aos jogadores que
usem o corpo e os antebraços para conquistar espaço. Mas não as
mãos. Arvydas Sabonis se complicou por causa dessa regra. O
gigante lituano vivia "espalmando" as costas de O'Neal - e, por isso,
esteve sempre pendurado por faltas;
5) Agora, Stern torceu (muito)
para uma final entre LA e NY...
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