Folha Online sinapse  
26/11/2002 - 02h48

Nos EUA, clássicos formam jovens

FLÁVIO DIEGUEZ
GILBERTO STAM

free-lance para a Folha de S.Paulo

Fundamentar a formação dos jovens na leitura dos clássicos é prática comum nos Estados Unidos. Esse, aliás, não é o único ponto em comum do curso de humanidades com o sistema universitário norte-americano.

Nos EUA, a interdisciplinariedade das grades curriculares já está incorporada à maioria das universidades. A flexibilidade multiplica o número de programas da área de humanas oferecidos pelas universidades, que recebem os mais variados nomes, cada um determinando uma abordagem diferente: estudos culturais, estudos textuais, humanidades, estudos críticos, teoria crítica e história e consciência.

Muitas vezes, os programas oferecem grande liberdade de escolha curricular ao aluno, abrindo um leque maior de opções. Na Universidade de Nova York, por exemplo, existe uma divisão, chamada "Gallatin School of Individualized Studies" (Escola Gallatin de Estudos Individualizados), em que os alunos montam seus cursos sem restrições de currículos, auxiliados por um tutor, tendo acesso a todos os departamentos da universidade.

Para Renato Janine Ribeiro, no entanto, a proposta do curso da USP é original. "A única coisa parecida com o humanidades que eu conheço são os 'liberal arts studies' (estudos liberais de arte), mas, nesse caso, eles consideram a qualidade de uma obra clássica algo inquestionável. No nosso curso, a idéia é que os alunos desenvolvam um olhar crítico sobre isso também, mesmo que se trate de Shakespeare ou Dostoiévski."

Leia mais:
- USP experimenta curso novo de humanidades
- Leia apresentação do livro "Humanidades: um Novo Curso da USP"

     

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