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29/04/2003 - 03h30

O que você vai ser quando o mercado crescer?

CYNARA MENEZES
free-lance para a Folha de S.Paulo

O mercado de trabalho está mudando à velocidade de vários gigahertz. Profissões antes inimaginadas não param de surgir: na tela do designer de games, no telão do VJ, no escritório do advogado eletrônico, na empresa do economista ambiental, onde quer que apareça uma nova necessidade. O adolescente de hoje poderá se tornar especialista numa profissão que ainda nem existe.

Os desbravadores das novas atividades não têm alternativa a não ser se virar sozinhos: o autodidatismo é predicado dos pioneiros. Seus seguidores, no entanto, já podem e devem estudar. Apesar da rapidez do ciclo que vai de uma idéia seminal à sua transformação em ofício, as universidades —pricipalmente as particulares— estão, cada vez mais, tentando não ficar para trás.

Estabelecimentos de ensino apostam na formação em assuntos que, há pouco tempo, interessariam apenas a jovens obcecados por novas tecnologias. É o caso da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, que criou neste ano o curso de design e planejamento de games.

Dos novos profissionais que estão surgindo, o designer de games brasileiro é quem mais terá de mostrar a que veio. Afinal, existem poucos jogos de sucesso internacional criados no país (um deles é o Outlive, lançado nos Estados Unidos e na Europa há dois anos pela empresa Continuum Entertainment, de Curitiba).

Pouco explorado no Brasil, o setor movimenta cifras expressivas nos Estados Unidos. No ano passado, segundo a revista do MIT (Massachusetts Institute of Technology), a venda de games gerou uma receita de US$ 9,4 bilhões, um recorde de faturamento. Para não ficar fora desse jogo, os futuros profissionais da área podem estudar numa instituição dedicada exclusivamente a games, o Digipen Institute of Technology, ligado à Nintendo.

Profissionais desbravadores não são descobertos em testes vocacionais. A vocação costuma ser anterior à fase de definição e frequentemente está associada a algum tipo de hobby. Um menino que passa horas grudado no videogame pode estar perdendo tempo de estudo ou se preparando para um novo trabalho.

Fotos Marcelo Soares/Folha Imagem
O designer de games Dimitri Kozma, que acaba de lançar seu primeiro game em CD-ROM

Era o que o pequeno Dimitri Kozma dizia à mãe. "É isso que quero fazer quando crescer", falava, apontando para a tela com o inseparável joystick. Ao contrário do que costuma acontecer, os pais deram crédito ao menino. Kozma seguiu o instinto e foi aluno de design digital da Anhembi Morumbi, embrião do novo curso de planejamento de games. Aos 28, acaba de lançar o primeiro jogo em CD-ROM, Surrealidade, inspirado, como o nome já diz, no movimento surrealista.

Sua empresa, a Orbe Mídia, se dedica unicamente a desenhar games, a maioria deles encomendada por empresas que os usam para treinamento de seus profissionais. Uma empresa do ramo farmacêutico, por exemplo, pediu um jogo em CD-ROM para mostrar o funcionamento de um remédio utilizado para combater o câncer ósseo. "Era um assunto pesado, que o game pôde tratar de uma forma um pouco mais leve", afirma Kozma, que criou um jogo inspirado no filme "Viagem Insólita" (1987), de Joe Dante, para o medicamento.

Ainda que tenha feito faculdade, o designer de games é basicamente um autodidata que começou mesmo como jogador e, depois que se profissionalizou, nunca mais olhou um videogame como antes. "Cada vez que pego um game novo, observo os recursos utilizados, a ambientação, as técnicas de programação, de áudio, todo o conjunto", diz Kozma. O curso específico ajudará a fundamentar essas percepções com noções de design relacionadas às ciências da computação.

"A graduação, que inicia a primeira turma neste ano, dá a formação humanística necessária, introduzindo o designer ao marketing, à filosofia, à história da arte", explica a coordenadora dos cursos de design da Anhembi Morumbi, Mônica Moura. A profissão de designer de games não é regulamentada, mas o curso será reconhecido pelo Ministério da Educação no último ano. "Acho que a profissão não será regulamentada, até porque os próprios profissionais se dividem em relação a isso", diz Moura.

Regulamentadas ou não, as novas profissões já são reconhecidas pelo Ministério do Trabalho em sua Classificação Brasileira de Ocupações, que foi modificada em no ano passado depois de 20 anos sem alterações estruturais (veja texto na pág. 14). Os cursos de formação para esses profissionais moderninhos ainda engatinham, mas, para ficar com dois exemplos, já é possível frequentar uma sala de aula para aprender a ser DJ ou VJ.

Em todo o país, sobretudo nas grandes cidades, pipocam cursos oferecidos por danceterias ou escolas de música. Como a profissão de DJ não está regulamentada, não é preciso nenhum registro para trabalhar, e os cursos são livres. Uma das pioneiras —a Fieldzz, de São Paulo— forma um novo profissional em 36 horas (12 aulas de três horas cada uma). Mais de 3.000 pessoas já passaram por lá. Os interessados têm as mais diversas formações: há, entre os alunos, professores de inglês, diretores de marketing e até ortopedistas.

O DJ Iraí Campos, em sala de aula da Fieldzz

"Há alunos que querem se profissionalizar, mas, na mesma proporção, há quem assista às aulas apenas por curiosidade, para agitar festas de amigos", diz o DJ Iraí Campos, diretor da Fieldzz. Ele adverte: "O curso não é suficiente. Sair dele não quer dizer que o cara vai conseguir emprego. Tem de se aproximar de uma casa noturna, de um DJ mais experiente, ajudando, tocando na noite. Há muitas pessoas se oferecendo para discotecar por nada, pelo sonho de estar no palco. Existe mais oferta do que procura, e as casas noturnas acabam se aproveitando disso".

Algumas casas noturnas —como a paulistana Lov-e, uma das mais conhecidas discotecas da cena eletrônica— estão lançando projetos para proporcionar aos menos favorecidos a chance de ingressar na profissão. Durante todo o ano, os DJs da Lov-e irão realizar oficinas na periferia, em convênio com a Prefeitura de São Paulo. Também o projeto BUM (Brazilian Underground Movement), do Rio de Janeiro, que mantém um curso particular para DJs na Universidade Estácio de Sá, fez parceria com uma instituição para dar aulas a crianças vindas de famílias de baixa renda.

Menos acessível, por enquanto, é a profissão de VJ, estrela do palco principal do Skol Beats, o megaevento de música eletrônica realizado no final de semana passado em São Paulo. A expressão VJ, que antes definia os apresentadores de videoclipes na televisão, passou a ser usada, há cerca de três anos, para nomear o DJ que se apresenta com um suporte de vídeo ou o profissional que edita cenas em um telão, ao vivo, enquanto o DJ apresenta suas músicas. O VJ é um profissional mais intelectualizado, que não raro lança mão de concepções semióticas e da arte conceitual para explicar o que faz.

O VJ Luiz Duva, que começa a dar cursos da profissão

"A intenção do meu trabalho é tentar igualar sensorialmente som e imagem. Não é nada novo, Hélio Oiticica e os neoconcretistas já faziam isso", diz o VJ Luiz Duva, 37, para quem a pista de dança é "uma instalação sensorial gigante". Duva criou o conceito de "live images" (imagens ao vivo) para definir o que faz há três anos, depois de pelo menos outros dez se dedicando ao vídeo. Trabalhava só com imagem quando descobriu a música eletrônica, a tecnologia foi avançando, e um dia, na ilha de edição, aconteceu o casamento. "Tinha uma música tocando enquanto eu editava, e fui misturando as imagens ao sabor delas. Achei legal", conta.

Se parece um mergulho no túnel do tempo, essa nova forma de entretenimento das tribos noturnas só se tornou possível com o advento do vídeo digital. Uma ilha de edição, antes uma parafernália pesadíssima, pôde se resumir a um computador só, com o programa necessário instalado: o Final Cut, software de edição da Apple. "Isso é muito novo para todo mundo, para quem faz e para quem assiste", diz o VJ, que dará um curso para iniciantes em julho, no festival de inverno de Diamantina (MG), e tem planejadas oficinas em vários Sescs paulistas, apesar de achar que isso não se aprende na escola. "Está provado que qualquer um aprende vídeo em três meses. Mas é importante divulgar, esclarecer e fazer com que novas pessoas façam esse trabalho. A inclusão digital também passa por aí."

Não é só o som que abre novos mercados de trabalho. A luz também é objeto da atenção de novos profissionais. Relacionado à arquitetura e à engenharia, o "lighting design" começa a entrar na academia associado a cursos tradicionais. Um dos primeiros cursos universitários em "lighting design" de que se tem notícia funciona desde março passado na Áustria, graças a um convênio entre a Bartenbach Lichtlabor, empresa de iluminação, e a Universidade de Innsbruck. O "lighting designer" atua na iluminação de interiores e exteriores dos edifícios e lugares públicos e, ainda, na iluminação de eventos.

Ana Ottoni - 11.abr.2002/Folha Imagem
O arquiteto Guinter Parschalk, especialista em iluminação

"A luz natural ou artificial está sendo encarada como um elemento tão sofisticado que é considerada atualmente a quarta dimensão da arquitetura. Deve ser tratada de forma própria", defende o arquiteto Guinter Parschalk, que representa a Bartenbach no Brasil. "A demanda pelos 'lighting designers' cresceu consideravelmente e tende a aumentar muito mais. Um exemplo é a Alemanha, onde 5% dos projetos luminotécnicos já são elaborados especificamente por 'lighting designers'". No Brasil, não há cursos. Noções básicas são dadas nas faculdades de arquitetura, artes cênicas e engenharia.

O profissional do futuro deve se preparar, ainda, para ser um especialista multidisciplinar. A contradição é apenas aparente. Ele precisará conhecer sua área tanto quanto possuir uma formação que lhe permita ter uma visão abrangente das diversidades da sociedade contemporânea. "A palavra é multidisciplinar, não há outra", defende Carlos Eduardo Young, 37, professor do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Há dez anos, em um período de vacas magras, Young acabou indo parar numa área até então incipiente e que se tornou para ele e outros uma vertente profissional: a economia do meio ambiente.

Naquela época, pouco se pensava que o planejamento ecológico fosse necessário para tornar uma empresa mais competitiva. Mas veja-se o exemplo da indústria de reciclagem Cataguases Papel, que causou um derramamento de milhões de litros de resíduos tóxicos no rio Pomba, no noroeste fluminense, no final do mês passado. Qualquer economista pode calcular o prejuízo, mas um economista do meio ambiente poderia calcular o custo da prevenção do desastre ecológico.

O economista ambiental é, portanto, um profissional que precisa conhecer, além dos números, aspectos de biologia. "Se está interessado nessa área, o ideal é que a pessoa procure cursos específicos que tenham uma proposta multidisciplinar, porque essa compartimentação é falsa. Não dá para saber onde começa um e termina outro", aconselha Young. A UFRJ já oferece um curso de pós-graduação em planejamento ambiental, mas, em geral, as mudanças que a tecnologia provocou nas profissões não estão sendo acompanhadas pelas grades curriculares das universidades.

Profissões como advocacia também experimentam evoluções significativas sem que as faculdades acompanhem com a mesma rapidez. É difícil imaginar o alcance que terá uma área que começou a despontar nos últimos dez anos: o direito eletrônico. O advogado eletrônico, ou "e-lawyer", cuida dos aspectos legais relacionados ao mundo virtual. Ainda não existe uma lei específica sobre o virtual. O projeto de lei mais adiantado (4.906/2001), em tramitação no Congresso, trata basicamente de aspectos relativos ao comércio eletrônico.

No exterior, algumas universidades de prestígio ampliaram a oferta na área do direito de disciplinas relacionadas à internet. Nos EUA, a Universidade Stanford mantém em sua faculdade de direito um centro dedicado ao mundo virtual, fundado pelo professor Lawrence Lessig, considerado o pai do direito eletrônico e autor do livro "Code and Other Laws of Cyberspace" (Basic Books), já considerado uma referência no gênero. A mais antiga faculdade de direito norte-americana, na Universidade de Harvard, também possui um centro voltado para a internet desde 1997.

A advogada Juliana Abrusio, que trabalha com direito eletrônico

No Brasil, estudos nessa área ainda são incipientes. "Tive o faro da minha vida", afirma a advogada Juliana Abrusio sobre sua decisão de fazer a dissertação de conclusão do curso sobre o direito na internet. Hoje, menos de dois anos depois de formada, Abrusio é, aos 24, sócia de um escritório de advocacia especializado em direito eletrônico e professora de direito nos meios eletrônicos da Universidade Mackenzie, uma das primeiras no país a abrir uma disciplina específica para a área.

Foi a jovem advogada quem defendeu a Fundação Getúlio Vargas em um caso que causou polêmica em São Paulo: em setembro do ano passado, um grupo de estudantes da FGV fotografou uma picante festinha à fantasia que incluía cenas de sexo entre alguns dos convivas numa sala privada e divulgou as imagens na internet. A direção da fundação decidiu expulsar o aluno apontado como responsável. Ele recorreu duas vezes e foi derrotado em ambas.

"Nessa área, como a matéria é específica, se o profissional não está habilitado, pode cometer equívocos vitais. Ignorar a diferença entre um provedor de acesso e um provedor de conteúdo é um erro básico e muito comum", diz Abrusio, que, é claro, frequenta mais a internet do que o fórum. No dia-a-dia, os processos mais corriqueiros que enfrenta dizem respeito à violação de direito autoral, na área civil. Na área criminal, é o estelionato on-line. Só neste mês três grandes bancos haviam sido vítimas da modalidade: clientes das agências eletrônicas são levados para páginas falsas, que imitam as produzidas pelas instituições financeiras, e seu dinheiro desaparece nos descaminhos virtuais.

Outro setor da velha advocacia novinho em folha é o biodireito, definido como o ramo do direito que regulamenta a medicina e a biologia. O biodireito compreende áreas como alimentos transgênicos, clonagem e procriação assistida e atrai profissionais com o perfil de Leonardo Grecco, 24, advogado que sempre teve curiosidade pelas ciências. Há quatro anos, Grecco foi assistir a uma palestra sobre fermentação de álcool combustível na Unicamp. Acabou sendo convidado pelo palestrante, o geneticista Gonçalo Guimarães, para estagiar como consultor jurídico no projeto que desvendou o genoma do amarelinho da laranja, fungo que consumia as plantações.

Atualmente, Grecco é consultor do Instituto de Biologia da Unicamp no projeto de pesquisa do genoma da vassoura-de-bruxa, praga que atinge os cacaueiros do sul da Bahia, e em outro estudo que investiga o sequenciamento do genoma do eucalipto, para melhorar a qualidade da celulose. Grecco atua, ainda, como diretor do núcleo de biotecnologia da Comissão de Bioética da OAB-SP dá aulas sobre a matéria em uma universidade de Mato Grosso do Sul.

Mas como se especializar em biodireito se essa área, a rigor, nem existe nas faculdades? "O preço do pioneirismo é pesquisar dia e noite para não falar bobagem", ensina o advogado, que fez um curso de especialização em bioética na Faculdade de Medicina da USP e se tornou aluno-assistente em biologia molecular na Unicamp. "O biodireito usa termos que não vão ser encontrados na ciência jurídica, como germoplasma. Tenho inclusive que pegar textos filosóficos, éticos e sociológicos para aplicar à legislação", diz.

A verificação de paternidade é o principal filão da especialidade. Um profissional sem uma formação multidisciplinar que se arriscasse a atuar nessa área poderia incorrer em equívoco similar ao do advogado enfrentado por Grecco num tribunal de Campinas. Ele contestou a margem de erro de um teste de DNA argumentando o fato de a mãe ter tido relação com dois primos, um deles apontado pelos exames como pai da criança com 99,9% de certeza. "A argumentação dele, para quem conhece a matéria, é um descalabro. Cada pessoa tem seu material genético, apesar de serem parentes."

Mais bem informado sobre os aspectos científicos e éticos do estágio atual da biotecnologia, o especialista em biodireito também pode ser tachativo em casos que envolvam a manipulação de material genético, como aconteceu no rumoroso processo do sequestro do menino Pedrinho por sua mãe adotiva, Vilma Martins. Ao surgirem evidências de que outras crianças criadas por Vilma poderiam não ser dela, o delegado Antônio Gonçalves Pereira, de Goiânia, recolheu as bitucas de cigarro deixadas na sala de interrogatório por uma das filhas da suposta sequestradora, Roberta Jamily, cujo DNA mandou analisar.

O exame mostrou que Vilma não era mesmo mãe de Roberta, mas, à luz do biodireito e da bioética, o especialista não tem dúvidas ao avaliar o procedimento do delegado: foi ilegal. "A bituca não estava na cena do crime, e ninguém é compelido a oferecer material genético. A polícia agiu de má-fé", argumenta Grecco. Sua área de interesse não é, porém, a genética, e sim a propriedade intelectual no setor biotecnológico. Adoraria defender um dos lados em uma disputa de patentes, mas isso até agora não aconteceu.

Os avanços da tecnologia atingiram tanto as profissões com um longo passado como as que indicavam não ter futuro algum. Quem poderia imaginar uma sobrevida para a biblioteconomia, profissão que em nossa imaginação parecia destinada a abrigar para sempre pessoas desambiciosas, sentadas atrás de suas mesas, óculos na ponta do nariz, a cuidar dos fichários das bibliotecas? É bem verdade que as fichas saíram das gavetas e passaram a ser informações digitalizadas, mas a biblioteconomia, por mais improvável que isso soe, se modernizou mais do que a organização de livros.

Um novo bibliotecário surgiu sob o codinome de "analista de informações de rede", solicitado pelas grandes corporações para filtrar conteúdos na internet que possam ser úteis para elas e para poupar tempo a seus profissionais, destacadamente na área financeira. "É uma das profissões que mais ampliaram sua atuação nos últimos anos", diz o coordenador do curso de biblioteconomia da USP, Waldomiro Vergueiro. "No último vestibular, a disputa foi de 13 candidatos por vaga, mais do que odontologia ou ciências sociais. Antes, não passava de seis pessoas para cada vaga."

Segundo Vergueiro, o departamento já planeja criar um curso específico dentro da biblioteconomia dedicado à informação corporativa. O conceito de "catalogar" também se modificou: não são só mais livros, jornais e revistas —é multimídia. "Nós conhecemos o CD-ROM pelo menos dez anos antes de ele se tornar um produto de mercado", diz o professor. "E, nos EUA, é comum, hoje em dia, o profissional que trabalha em casa e só vai à biblioteca duas ou três vezes na semana. Sem falar nas bibliotecas virtuais, aquelas que só existem na internet." Até o gênero do bibliotecário mudou: no passado, menos de 10% deles eram homens; hoje, as mulheres são quase minoria, como em muitas áreas que envolvem a informática.

Apesar da adaptação de enfoque por parte de algumas escolas e faculdades, muitas profissões do futuro ainda não são objeto da atenção dos educadores. Nas instituições públicas, é mais perceptível o descompasso entre a procura por um novo aprendizado e a oferta do curso correspondente, o que é atribuído ao fato de mudanças curriculares precisarem passar pelo crivo do MEC. Colocados na balança do mercado, no entanto, a necessidade de modernização pesa mais do que a estrutura educacional.

Colaborou Juliana Doretto, free-lance para a Folha de S.Paulo.

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