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24/06/2003 - 03h13

Desafios contemporâneos

MARIA ANGÉLICA FERRASOLI
free-lance para a Folha de S.Paulo

Como restaurar chocolate, parafina derretida, restos de comida, pneus, camadas de vaselina espalhados pela tela? São materiais inusitados presentes nas obras de arte contemporânea que, embora "jovens", já sofrem com o desgaste progressivo do tempo.

A discussão de como recuperá-las daria uma cadeira no mínimo curiosa, porém indispensável, em um eventual curso de graduação em conservação e restauro.

São questões, afinal, com que já convivem os profissionais da área, como afirma a coordenadora do ateliê de conservação e restauro da Pinacoteca de São Paulo, Valéria de Mendonça.

No cenário da arte atual, há ainda o artista que não tem interesse em que sua obra sobreviva, pois tem tempo datado, e sua duração é prevista pelo criador. A saída dos conservadores e restauradores é aproveitar que são obras, em geral, com autores ainda vivos e questioná-los diretamente. "Cada vez mais, utilizamos o recurso de procurar o artista", afirma.

À semelhança de um tradutor, portanto, os conservadores-restauradores partem para a consulta à fonte, deixando registrado seu desejo para as gerações futuras de técnicos.

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