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17/03/2003 - 06h09

Hollywood superexpõe estrelas em tour

MARGARETE MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo, na Califórnia

Há dois anos, não se recomendava caminhar à noite por Hollywood. Mas a inauguração do Kodak Theater, em 2002, e o investimento na região de cerca de US$ 2 bilhões, que incluiu a construção de uma linha de metrô, revigorou -e muito- o distrito.

São comuns os tours pelo Hollywood Boulevard e pela Vine St. e não faltam revelações sobre astros e sets de filmagem no distrito que, antes de começar a fazer história, no início dos anos 10 e 20, era uma pacata comunidade agrícola.

Comece pelo Kodak Theater. A arquitetura do novo complexo tem um portal de gosto duvidoso, adornado por elefantes e figuras egípcias. A decoração inspirou-se no cenário do filme "Intolerância" (1916), de D.W.Griffith, que, apesar de ter custado uma fortuna na época (US$ 2 milhões), foi um fracasso de bilheteria.

A história de Hollywood segue viva na construção ao lado do Kodak. Inaugurado nos anos 20, o Mann's Chinese Theater, mais conhecido por Teatro Chinês, era um dos vários "nickelodeon" -salas de cinema com preços reduzidos, de um níquel (US$ 0,05) e programação variada, de olho na clientela de baixa renda- que se multiplicavam nos EUA.

Com 2.200 lugares, o local é a sala de cinema mais famosa do país. Mais do que isso, é conhecida no mundo todo pelo seu chão repleto de placas de cimento com autógrafos, mãos, pés, punhos, pontas de cigarro e até trancinhas de cerca de 200 ícones do cinema.

Hoje a bola da vez é o diretor John Woo. Como saber? É dele a assinatura no bloco central. Ao seu lado está a turma da série "Jornada nas Estrelas", Mel Gibson e Pato Donald. As placas são removíveis, por isso não se espante se perceber que mãos ou pés de sua estrela preferida não estão mais no local da última visita.

Algumas curiosidades: os pés da atriz Rita Hayworth eram muito pequenos, e as trancinhas de Whoopi Goldberg estão graciosamente impressas na calçada.

Vários famosos emendam no seu nome as palavras "to Sid", em homenagem a Sid Grauman, o primeiro dono do cinema e criador, em 1927, da calçada, com as marcas das estrelas no cimento.

O resto do passeio fica por conta da Calçada da Fama, que começa do lado de fora do cinema e foi construída em 1960, como último tributo às personalidades que ajudaram a dar fama a Hollywood.

Ao longo do Hollywood Blvd. e da Vine St, há cerca de 2.500 nomes de artistas estampados em estrelas, identificados em cinco selos diferentes: cinema, rádio, TV, teatro e produção. Até Rin Tin Tin (1.623, Vine St.) e Lassie (6.368, Hollywood Blvd.) estão lá.

Anualmente, 24 artistas dentre cerca de 200 nomes são escolhidos e enviados para a Câmara de Comércio de Hollywood para futuramente serem pisados. Mas não é fácil entrar no rol da fama. O agraciado ou seus fãs ainda pagam US$ 15 mil para ver a estrela na calçada. Os fãs de Lisa Minelli tiveram de vender bolinhos para garantir o lugar dela na calçada.

Curiosidade: se você acha que hoje o nome mais procurado é o do astro Tom Cruise (6.912, Hollywood Blvd.), errou feio. O pop da vez é Ozzy Osbourne (6.780, Hollywood Blvd.).

Seguindo o passeio, há outras salas de cinema antigas. Destacam-se as que foram reformadas, como El Capitan (onde são apresentados os musicais da Disney) e o Teatro Egípcio. Outras atrações ficam por conta de museus na área, como o Hollywood History Museum (www.hollywoodhistorymuseum.com), num prédio art déco. Ele conta a história do cinema e, claro, do distrito.

Tour

Um tour pode demorar em média duas horas e ser feito sozinho ou com guia. Se preferir fazer o passeio só, pegue um mapa em um estande dentro do Kodak Theater, no qual constam os principais pontos turísticos da região. No mesmo local há informações para um passeio pelo distrito com um fone de ouvido, que sai US$ 10 por pessoa.

Outra possibilidade é agendar um tour com guia em português previamente. A Red Line Tours (www.redlinetours.com; tel. 00/ xx/1/323/402-1074) oferece o passeio, no qual todos os participantes ganham um fone de ouvido, sem que precisem grudar no guia para escutar o que ele diz.

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