Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/07/2003 - 03h26

À noite, mercado de Ourém vira bar

da Folha de S.Paulo, em Portugal

Em uma pequena cidade de 44 mil habitantes há um castelo, um hospital transformado em hotel e um bar que funciona como mercado durante o dia. Há também, nessa microcidade, perto de Coimbra, uma vista deslumbrante e um muro envolvendo-a.

Essa é Ourém, cidade engraçada no sentido lusitano da palavra. Diz a lenda que Ourém era uma linda moura que se apaixonou pelo cavaleiro templário Gonçalo Henriques. A moura teria se convertido ao cristianismo e tomado o nome de Ouriana.

Antes de tornar-se Ourém, a cidade era chamada de Abdegas. O rebatismo aconteceu no século 12, quando os mouros foram expulsos por dom Afonso Henriques.

Nesse local fica a pousada Conde de Ourém, que funciona onde era antes um hospital. O prédio é do século 17, e, para os encafifados, a recepcionista jura que ele foi benzido antes de virar pousada. A hospedaria ganhou um prêmio nacional pelos pratos desenvolvidos. Um deles é o bacalhau com chicarros, grãos que parecem tremoço.

No cimo do morro há um castelo do século 12, onde morou dom Nuno Álvares Pereira, terceiro conde de Ourém. Ele fez a cidadela entrar para a história, pois, em 1385, garantiu a independência de Portugal ao vencer a batalha de Aljubarrota contra o Exército castelhano, cinco vezes maior que o português.

O passeio até o castelo, se feito durante a manhã, vem, quase sempre, acompanhado de uma conveniente neblina que ajuda o visitante a imaginar como era a dinâmica do lugar naquela época.

Dali, das janelas ogivais, tem-se uma belíssima vista, que pode ser mais bem apreciada um pouco mais tarde, quando a neblina se tiver dissipado.

A Ginjinha

À noite, a cidade se transforma: fica completamente vazia. Pelo menos aos olhos dos incautos.

É que todos os que estiverem acordados estarão no A Ginjinha. No largo da Sé Colegiado, número 2.490, fica esse bar que funciona como mercado durante o dia.

Ali reúnem-se todos os que quiserem tomar uma ginja, espécie de licor dulcíssimo feito com a fruta de mesmo nome que parece uma cereja, porém mais amarga.

São dois ambientes, um com cinco mesas e o outro com duas. No som, tocam as músicas da rádio que estiver selecionada, o que faz com que o cliente ouça sucessos de Zezé di Camargo e Luciano, Fagner, Roberto Carlos, Caetano Veloso e muitos outros músicos brasileiros.

Leia mais:
  • Graça polvilha rota Porto-Lisboa
  • Veja pacotes para Portugal
  • Cruzar o Douro aguça papilas gustativas
  • Quintas ocupam arquibancadas de uvas
  • Em Coimbra, a faculdade de direito guarda face antiga
  • Maçons ainda se clamam herdeiros da Ordem do Templo
  • Pousada foi convento capuchinho
  • Cortejo toma as ruas a cada quatro anos
  • Estremadura exala perfume das frutas
  • Turistas se acotovelam em Óbidos
  • Lisboa é "grand finale" de rota campestre
  • Jantar em uma tasca sai por 20 euros
  • Doces de ovos abrem os portões do céu
  • Queijo surpreende bacalhoeiros
  • Cozido é servido separadamente
  • Travões sem óleo e bicha afligem condutor

    Especial
  • Veja galeria de fotos de Portugal
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade