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03/11/2003
-
06h37
"Velhinho é a mãe", dizia o grito de guerra criado pelos passageiros da Venturas & Aventuras (tel.: 0/xx/11/3872-0362; www.venturas.com.br) ao subir as dunas dos Lençóis Maranhenses (MA) no ano passado, de acordo com o gerente da operadora, Giancarlo Valias.
Reencontrando-se sempre nas viagens direcionadas à terceira idade da empresa, seus clientes ficaram amigos e às vezes se reúnem em São Paulo para olhar as fotos. "A gente formou um grupinho que se entende bem", comenta a viúva Maria Izabel Waack, 67, mais conhecida como Mariza.
A professora de desenho aposentada lembra que, antes do embarque para o Maranhão, os passageiros foram avisados de que não haveria água quente na pousada em Barreirinhas, mas isso não a incomodou. "Fazia tanto calor, que a água fria aliviava."
A dona-de-casa Inge Pickert, 61, também foi para Lençóis Maranhenses, mas há quatro anos e com a Freeway. No local ela frequentou um restaurante que demorava uma hora para servir a comida, mas também não viu isso como problema. "A gente tem tempo quando está viajando."
Estresse no Canadá
Acostumada a acampar com o marido e os cinco filhos quando era moça, Mariza usa as paisagens das fotos das viagens como modelos para seus quadros.
Há quatro anos, ela foi para o Canadá em excursão, mas achou tudo muito corrido. Na opinião da viúva, os programas ecológicos para turistas de cabelos brancos têm grupos menores e respeitam o ritmo de cada um, sem fazer pressão para cumprir horários. "A gente fica horas na cachoeira."
Segundo ela, os guias criam um clima que estimula os viajantes. Em 1997, Mariza encarou o desafio de subir a trilha inca em Macchu Picchu a pé e não se arrependeu, pois os guias ensinavam técnicas de respiração.
Também assídua aos programas da terceira idade da Venturas & Aventuras, Margarida Itayo, 67, conta que ela e o marido, Ioshitoki, 69, já fizeram trilhas em roteiros que não eram específicos para sua faixa etária. "Como estamos acostumados a caminhar, não ficávamos atrás dos jovens." Mas ela diz preferir os roteiros direcionados para sua idade. "Os guias são mais atenciosos e nos ajudam a carregar as mochilas. A gente não se sente abandonado."
Independentemente da faixa etária, aproveita melhor os roteiros ecológicos quem não tem vida sedentária e está acostumado a fazer exercícios. Antes de embarcar, o passageiro deve ter consciência de que pode enfrentar sol e insetos, e por isso não deve deixar para trás repelente, protetor solar e boné ou chapéu.
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Roteiros respeitam o ritmo de cada um
da Folha de S.Paulo"Velhinho é a mãe", dizia o grito de guerra criado pelos passageiros da Venturas & Aventuras (tel.: 0/xx/11/3872-0362; www.venturas.com.br) ao subir as dunas dos Lençóis Maranhenses (MA) no ano passado, de acordo com o gerente da operadora, Giancarlo Valias.
Reencontrando-se sempre nas viagens direcionadas à terceira idade da empresa, seus clientes ficaram amigos e às vezes se reúnem em São Paulo para olhar as fotos. "A gente formou um grupinho que se entende bem", comenta a viúva Maria Izabel Waack, 67, mais conhecida como Mariza.
A professora de desenho aposentada lembra que, antes do embarque para o Maranhão, os passageiros foram avisados de que não haveria água quente na pousada em Barreirinhas, mas isso não a incomodou. "Fazia tanto calor, que a água fria aliviava."
A dona-de-casa Inge Pickert, 61, também foi para Lençóis Maranhenses, mas há quatro anos e com a Freeway. No local ela frequentou um restaurante que demorava uma hora para servir a comida, mas também não viu isso como problema. "A gente tem tempo quando está viajando."
Estresse no Canadá
Acostumada a acampar com o marido e os cinco filhos quando era moça, Mariza usa as paisagens das fotos das viagens como modelos para seus quadros.
Há quatro anos, ela foi para o Canadá em excursão, mas achou tudo muito corrido. Na opinião da viúva, os programas ecológicos para turistas de cabelos brancos têm grupos menores e respeitam o ritmo de cada um, sem fazer pressão para cumprir horários. "A gente fica horas na cachoeira."
Segundo ela, os guias criam um clima que estimula os viajantes. Em 1997, Mariza encarou o desafio de subir a trilha inca em Macchu Picchu a pé e não se arrependeu, pois os guias ensinavam técnicas de respiração.
Também assídua aos programas da terceira idade da Venturas & Aventuras, Margarida Itayo, 67, conta que ela e o marido, Ioshitoki, 69, já fizeram trilhas em roteiros que não eram específicos para sua faixa etária. "Como estamos acostumados a caminhar, não ficávamos atrás dos jovens." Mas ela diz preferir os roteiros direcionados para sua idade. "Os guias são mais atenciosos e nos ajudam a carregar as mochilas. A gente não se sente abandonado."
Independentemente da faixa etária, aproveita melhor os roteiros ecológicos quem não tem vida sedentária e está acostumado a fazer exercícios. Antes de embarcar, o passageiro deve ter consciência de que pode enfrentar sol e insetos, e por isso não deve deixar para trás repelente, protetor solar e boné ou chapéu.
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