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04/10/2004
-
09h10
Não tem sido fácil para a Flórida. Em seis semanas quatro furacões passaram pelo Estado: Charley, Frances, Ivan e Jeanne. Os estragos não provocaram maiores danos aos parques temáticos em Orlando, mas a indústria do turismo foi abalada e há viajantes receosos de ir ao Estado.
Morador de Orlando, o consultor Peter Yesawich, diretor-executivo da Yesawich, Pepperdine, Brown & Russell (YPB&R), uma das mais importantes agências de relações públicas na indústria do turismo, afirmou que as tempestades podem afastar os turistas da Flórida.
"Normalmente, eu diria que, atingidos por dois furacões, nós nos recuperaríamos completamente no Dia de Ação de Graças [feriado comemorado nos EUA em novembro], mas acho que as pessoas estão se sentindo um pouco mais nervosas. Teme-se que grandes grupos evitem a Flórida durante a temporada dos furacões no próximo ano", disse Yesawich à agência Reuters.
Os brasileiros, entretanto, não cancelaram suas viagens programadas para o feriado da semana do Dia das Crianças. "Houve apenas alterações de data", explica Doroti Dobner, diretora de vendas da Agaxtur, que embarcará dois grupos de cem pessoas.
"Deve ocorrer uma queda na chegada dos turistas no curto prazo, apenas nas próximas duas ou três semanas, depois das quais, os negócios devem ocorrer como sempre, com exceção dos destinos que tiveram grandes estragos, como na área de Ft. Myer", disse à Folha o consultor Yesawich em uma segunda avaliação sobre o impacto dos furacões no turismo na Flórida.
A economia da Estado, em torno de US$ 500 bilhões, tem no turismo sua principal fonte de renda, que está sendo afetada pelos efeitos do furacão.
Nos últimos 31 anos, o Walt Disney World fechou as portas algumas vezes. Três delas aconteceram nas últimas semanas. O parque teve de cerrar as portas no sábado e no domingo anterior ao furacão Frances, no começo do mês passado, e no sábado, dia 25 de setembro, por causa do Jeanne.
Nos dias seguintes ao furacão Frances, não havia filas nos brinquedos mais concorridos dos parques de Orlando. O tempo máximo de espera para os brinquedos Spider-Man e Hulk, no Islands of Adventure, da Universal, era de dez minutos.
Na semana passada, a ocupação nos hotéis em Miami e Tampa era 22% menor em relação à mesma semana de 2003, de acordo com a empresa de pesquisa Smith Travel Research.
O escritório de turismo da Flórida, Visit Florida, e líderes da indústria devem se reunir com o governador do Estado, Jeb Bush, para receber um apoio de US$ 30 milhões para uma campanha de publicidade que visa reparar os danos psicológicos causados pela seqüência de tempestades.
La Cumbre
Profissionais do turismo de 27 países se reuniram em Orlando para a 15ª edição da La Cumbre, a principal feira da indústria de turismo para o mercado latino-americano. Devido aos furacões Charley e Ivan, houve um redução de 12% no número total dos participantes. A próxima La Cumbre será de 7 a 9 de setembro de 2005 em Houston, no Texas.
Com agências internacionais
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Para crianças: Tempestades afastam turistas da Flórida
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Orlando (EUA)Não tem sido fácil para a Flórida. Em seis semanas quatro furacões passaram pelo Estado: Charley, Frances, Ivan e Jeanne. Os estragos não provocaram maiores danos aos parques temáticos em Orlando, mas a indústria do turismo foi abalada e há viajantes receosos de ir ao Estado.
Morador de Orlando, o consultor Peter Yesawich, diretor-executivo da Yesawich, Pepperdine, Brown & Russell (YPB&R), uma das mais importantes agências de relações públicas na indústria do turismo, afirmou que as tempestades podem afastar os turistas da Flórida.
"Normalmente, eu diria que, atingidos por dois furacões, nós nos recuperaríamos completamente no Dia de Ação de Graças [feriado comemorado nos EUA em novembro], mas acho que as pessoas estão se sentindo um pouco mais nervosas. Teme-se que grandes grupos evitem a Flórida durante a temporada dos furacões no próximo ano", disse Yesawich à agência Reuters.
Os brasileiros, entretanto, não cancelaram suas viagens programadas para o feriado da semana do Dia das Crianças. "Houve apenas alterações de data", explica Doroti Dobner, diretora de vendas da Agaxtur, que embarcará dois grupos de cem pessoas.
"Deve ocorrer uma queda na chegada dos turistas no curto prazo, apenas nas próximas duas ou três semanas, depois das quais, os negócios devem ocorrer como sempre, com exceção dos destinos que tiveram grandes estragos, como na área de Ft. Myer", disse à Folha o consultor Yesawich em uma segunda avaliação sobre o impacto dos furacões no turismo na Flórida.
A economia da Estado, em torno de US$ 500 bilhões, tem no turismo sua principal fonte de renda, que está sendo afetada pelos efeitos do furacão.
Nos últimos 31 anos, o Walt Disney World fechou as portas algumas vezes. Três delas aconteceram nas últimas semanas. O parque teve de cerrar as portas no sábado e no domingo anterior ao furacão Frances, no começo do mês passado, e no sábado, dia 25 de setembro, por causa do Jeanne.
Nos dias seguintes ao furacão Frances, não havia filas nos brinquedos mais concorridos dos parques de Orlando. O tempo máximo de espera para os brinquedos Spider-Man e Hulk, no Islands of Adventure, da Universal, era de dez minutos.
Na semana passada, a ocupação nos hotéis em Miami e Tampa era 22% menor em relação à mesma semana de 2003, de acordo com a empresa de pesquisa Smith Travel Research.
O escritório de turismo da Flórida, Visit Florida, e líderes da indústria devem se reunir com o governador do Estado, Jeb Bush, para receber um apoio de US$ 30 milhões para uma campanha de publicidade que visa reparar os danos psicológicos causados pela seqüência de tempestades.
La Cumbre
Profissionais do turismo de 27 países se reuniram em Orlando para a 15ª edição da La Cumbre, a principal feira da indústria de turismo para o mercado latino-americano. Devido aos furacões Charley e Ivan, houve um redução de 12% no número total dos participantes. A próxima La Cumbre será de 7 a 9 de setembro de 2005 em Houston, no Texas.
Com agências internacionais
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