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28/04/2005 - 10h41

Madri e Barcelona: Cidades revezam modernidade e sisudez

SILVIO CIOFFI
Editor de Turismo

Madri e Barcelona são verso e anverso da mesma moeda, cidades quase rivais num país fervilhante de mais de 40 milhões de habitantes que fechou 2004 contabilizando 53,7 milhões de turistas estrangeiros --o segundo do mundo, atrás apenas da França.

Capital por excelência, sede da monarquia, Madri se move frenética em locais como a Gran Vía, avenida comercial recém-repaginada, com grandes estátuas encimando edifícios neoclássicos. Mas também torce pelo Real Madrid e passeia no entorno da Plaza Mayor, do século 15.

Poucos imaginam que ali, ao redor da estátua eqüestre de Felipe 3º, ocorreram touradas, carnavais e execuções promovidas pela Inquisição.

Os museus são instituições bastante conhecidas, com destaque para o Prado, o Reina Sofía e o Thyssen-Bornemisza.

A outra

Já Barcelona, capital da Catalunha, ferve nas Ramblas, avenidas próprias para passear; compra nas lojas do Passeig de Gràcia; e, no futebol, torce pelo Barcelona.

No mercado La Boqueria (ou Sant Josep), qualquer um fica boquiaberto. Idem vendo as inúmeras obras de Antoni Gaudí, que plasmou formas endemoniadas, classificadas entre o modernismo e o art nouveau, sobretudo no século 20. E, na mescla de épocas que a caracteriza, o destaque é a catedral no bairro Gótico.

Assim, entre "tapas", os tira-gostos espanhóis, e beijos, Madri e Barcelona têm comportamentos e humores diversos. Antes da Olimpíada de 1992, Barcelona, então decadente, iniciou uma onda de construções e restaurações.

A campanha "Barcelona Post Guapa" trouxe vida nova aos seus prédios e edificou, na montanha do Montjuic, um moderno estádio olímpico, transformando a metrópole de 1,5 milhão de habitantes no primeiro caso bem-sucedido de "urban regeneration" (regeneração urbana).

Uns dez anos depois, quando este milênio começou, foi a vez de Madri, onde vivem 2,9 milhões de pessoas, pintar seus prédios neoclássicos, limpar monumentos e reconstruir praças, iluminando ainda mais a sua reconhecida vida noturna, chamada de ronda madrilenha. A cidade pleiteia ser a sede olímpica em 2012.

O curioso é que, se Barcelona transpirava modernidades, no design, nas cores excêntricas, na moda de vanguarda; Madri mantinha seu aspecto mais sisudo, de sede do governo e da monarquia.

Recentemente, os papéis novamente parecem ter-se invertido. Madri está mais fulgurante, falando castelhano, entronizada como uma metrópole européia que fatura em euro. Embora Barcelona mantenha a sua aura de cidade de vanguarda, ela parece perdida ao insistir em falar em catalão, em olhar para si mais do que para um mundo que se globalizou.

De todo modo, é difícil entender a Espanha de hoje sem visitar Madri e Barcelona. Nem que seja pelo site www.spaininfo.com. O ideal mesmo é resolver essa parada in loco --e constatar que a campanha que no final dos anos 80 adotou o logo Miró, sob a batuta do catalão José Chias, pôs em prática um plano de turismo que transformou o país.

Silvio Cioffi viajou a convite da Iberia Linhas Aéreas, da The Leading Hotels of the World e da consultoria X-Mart.

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