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26/04/2010 - 15h35

Xangai inaugura em 1º de maio sua Exposição Universal

JOELLE GARRUS
da France Presse, em Xangai

A Exposição Universal que será inaugurada em 1º de maio em Xangai deverá permitir a esta cidade de 20 milhões de habitantes, transformada na mais importante praça financeira da China, consolidar e realçar sua imagem no cenário internacional.

Conheça programação da Exposição Universal

A maior Exposição Universal jamais organizada acolherá 192 países, uma cifra recorde, e deverá receber entre 70 e 100 milhões de visitantes, sendo 95% de chineses.

Nos últimos 20 anos os bairros financeiros de Xangai, de um modernismo inaudito, proliferaram, demonstrando sua ambição de competir com Nova York ou Londres como centro das finanças internacionais, apesar dos obstáculos tradicionais em um país comunista.

A preparação da Exposição Universal acelerou a transformação da cidade, que, desde 1990, deu uma guinada com a construção de um gigantesco bairro de negócios, o Pudong, na margem leste do rio Huangpu, bordeando o Bund, uma artéria mítica de Xangai.

Efe
SHA01 SHANGHÁI (CHINA) 26/04/2010.- Fotografía facilitada por la Agencia Coreana de Promoción del Comercio y la Inversión que muestra el pabellón que representará a Corea del Norte en la Exposición Universal del 2010 en Shanghái (China), tal como era su aspecto exterior hoy, lunes, 26 de abril de 2010. La Exposición Universal de Shanghái, que abrirá sus puertas el próximo 1 de mayo, será la primera que cuente con la participación de Corea del Norte. EFE/Agencia Coreana de Promoción del Comercio y la Inversión SÓLO USO EDITORIAL
Pavilhão (foto) que representará a Coreia do Norte na Exposição Universal de Xangai, na China, a partir de maio

Atualmente, os edifícios de estilo "art deco" do Bund se destacam junto com as vertiginosas torres de Pudong, uma zona cujo produto interno bruto se multiplicou por 65 desde 1990. Ali funcionam a bolsa de Valores, 17.000 empresas de capitais estrangeiros e 600 instituições financeiras chinesas e estrangeiras.

Este é um momento importante para uma cidade que foi marginalizada pelo ex-líder chinês Deng Xiaoping, que desconfiava dela quando lançou a abertura econômica que transformaria a China há 30 anos.

Desde 2004, sete túneis foram construídos para unir as duas margens do Huangpu, elevando para um total de 12. As linhas de metrô floresceram e sua rede de transporte subterrâneo se converteu numa das maiores do mundos, com um total de 420 km.

"A Exposição tem a vantagem de precipitar a renovação de Xangai, indispensável para convertê-la numa cidade moderna", afirma Antoine Bourdeix, representante na China da Publicis Consultants, que trabalha no grande evento.

"Este acontecimento vai permitir a Xangai realçar sua imagem em nível internacional", enfatizou Lu Xiongwen, decano da Escola de Administração da Universidade Fudan de Xangai.

Desta maneira, cumprirá com o grande objetivo que o governo central estabeleceu, em abril de 2009, de converter Xangai num centro financeiro internacional antes de 2020, assim como num centro de transportes marítimos.

No entanto, alguns analistas, céticos, argumentam que a economia chinesa continua sendo rigidamente controlada, que o iuane não pode ser convertido, que os produtos financeiros não são muito sofisticados e que a indústria pesada continua presente na cidade.

"Os serviços só representam entre 50% e 55% da riqueza da cidade", segundo Lu.

"Será necessário, entre outras coisas, construir infraestruturas financeiras, no segmento dos pagamentos, por exemplo", destaca Laurent Tournier, subdiretor da ABC-CA Fund Management, uma empresa fundada pelo Banco Agrícola da China e o francês Crédit Agricole.

O horizonte 2020 é alcançável quando se leva em consideração o desenvolvimento econômico da China e o papel crescente do iuane, que deverá chegar a uma moeda conversível.

"E há uma vontade política por escrito, o rumo foi fixado", assegurou, por sua vez, Pascal Sefrin, diretor do banco Societé Generale em Xangai.

 

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