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18/10/2010 - 09h47

Para leitores, "Tropa de Elite 2" é melhor e mais complexo do que o primeiro

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IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Seis adolescentes do grupo de apoio do Folhateen assistiram ao filme "Tropa de Elite 2" e são unânimes: é mais complexo e melhor do que o primeiro.

Na quarta-feira (13), a Folha promoveu sessão do longa seguida de debate com o diretor, José Padilha, e com Wagner Moura, o coronel Roberto Nascimento. Depois, o grupo se reuniu para conversar sobre o filme.

"O novo filme não trabalha só a violência", opina Daniel Cabrel, 16. "Também é violento, é claro, mas é mais inteligente."

Para Ana Carolina Machado, 18, a continuação é mais difícil de entender. "Não é só o tráfico de drogas, mas a presença de milícias nas comunidades e a corrupção em altos cargos do governo."

Alexandre Lima/Divulgação
Wagner Moura, o coronel Nascimento, em cena de Tropa de ELite 2
Wagner Moura, o coronel Nascimento, em cena do "Tropa... 2"

Felipe Bonel, 17, achou interessante a desmistificação da ideia de que o consumo de drogas pela classe média é o grande culpado pela violência do Rio. "O topo do poder também sustenta organizações criminosas", disse.

"E punir essas pessoas é bem mais difícil", ponderou Bárbara Arantes, 17. "O traficante acaba sendo a vítima de um sistema que o obriga a ir por esse caminho. Tudo conspira para que ele caia nessa rede de maldade."

Outro ponto unânime entre os jovens do Folhateen: o novo filme tem menos bordões. "É muito mais para pensar do que para vibrar", disse Marcos Cândido, 16.

O comentário entra em conflito com a opinião de Márcia Shimabukuro, 19, para quem "o público pensante no Brasil é muito pequeno". O filme bateu recordes.

Felipe acredita que a mensagem política do filme é forte. "É para a formação de um eleitorado consciente, principalmente entre os jovens."

O grupo vibrou quando Nascimento deu uma sova num deputado corrupto. "Muitos acham que nenhum político presta", disse Felipe.

Para Ana, ele é um herói. "Incorpora o ideal da polícia incorruptível". Bárbara lembra que ele paga um preço alto: a distância do filho.

"Imaginem ser filho de um policial do Bope", instiga Daniel. "Deve ser péssimo saber que o pai vai sair para a guerra nos morros e talvez não volte", completa Bárbara.

Felipe é contra a frieza com que o capitão trata o próprio filho, mas admira a defesa que ele faz da família.

Para o grupo, o filme não incita a violência. "Ninguém joga "Mortal Kombat" e sai dando "fatalities'", brinca Márcia. "Se o filme fosse em 3D, todos sairiam furados", encerra Bárbara.

 
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