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25/10/2010 - 10h46

Álvaro Pereira Jr. compartilha recordações de um show de Paul McCartney de 2007

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DE SÃO PAULO

Em junho de 2007, o jornalista Álvaro Pereira Júnior, colunista do Folhateen, assistiu a um show de Paul McCartney em Londres, com a missão de entrevistá-lo. Não fosse ter encontrado o bloquinho de anotações que levava a tiracolo naquela ocasião, Álvaro teria quase se esquecido de uma experiência que muitos gostariam de ter vivido.

Abaixo, leia o setlist completo do show do ex-Beatle, os fac-símiles das anotações feitas durante a apresentação e um e-mail que Roberto Verta, amigo e colega de trabalho de Álvaro na época, mandou ao seu primo logo depois do show.

O relato completo pode ser lido na coluna "Escuta Aqui", assinada por Álvaro e publicada na Folha desta segunda-feira (25). A íntegra do texto, intitulado "Eu vi Paul McCartney e quase esqueci do show", está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

Chris Pizzello - 30.mar.2010/AP
O ex-beatle Paul McCartney durante show da turnê "Up and Coming", no Hollywood Bowl, em Los Angeles
Paul McCartney faz dois shows em São Paulo nos dias 21 e 22 de novembro. Os ingressos estão esgotados

*

SETLIST - LONDRES, JUNHO DE 2007

"Drive My Car"
"Only Mama Knows"
"Dance Tonight"
"C' Moon"
"The Long And Winding Road"
"I'll Follow The Sun"
"Calico Skies"
"That Was Me"
"Blackbird"
"Here Today"
"Back In The USSR"
"Nod Your Head"
"House Of Wax"
"I've Got A Feeling"
"Matchbox"
"Get Back"
"Hey Jude"
"Let It Be"
"Lady Madonna"
"I Saw Her Standing There"

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FAC-SÍMILES DAS ANOTAÇÕES DURANTE O SHOW DE 2007

Álvaro Pereira Jr./Divulgação
anotações de Álvaro Pereira Jr. do show de Paul McCartney em junho de 2007, em Londres
Anotações que Álvaro Pereira Jr. fez durante um show de Paul McCartney em junho de 2007, em Londres
Álvaro Pereira Jr./Divulgação
anotações de Álvaro Pereira Jr. do show de Paul McCartney em junho de 2007, em Londres
Álvaro Pereira Jr./Divulgação
anotações de Álvaro Pereira Jr. do show de Paul McCartney em junho de 2007, em Londres

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E-MAIL QUE ROBERTO VERTA ESCREVEU AO PRIMO DEPOIS DO SHOW

"Fala Ricardinho,

Como você pode imaginar foi foda ver um homem de 65 anos tocar pra mil pessoas (só convidados e ganhadores de concursos, etc.) em plena forma.

Claro que fui esperando pelo menos grande parte do show ser das músicas novas, mas como ele é macaco véio (ou seria "besouro" velho??) meteu as novas no meio de clássicos, hits e músicas que ele não tocava ha muito tempo.

Não teve aquela "cena" de entrar primeiro a banda, criar aquele clima de histeria depois entrar o grande astro, como fazem os maletas sem talento de hoje em dia. Entrou junto com a banda, pegou o baixão Hofner '62, levantou o "bicho" no alto (como um troféu) como querendo que todos tivessem a certeza do que se tratava aquele show e atacou de "Drive my car" como se fosse a primeira vez que tocava a música. A banda é parte daquela que fez as ultimas turnês com ele com o Wix (teclados) e o negão Abe Laboriel Jr na bateria ("Ringo has lost all of his hair" disse o Macca no meio do show) e os dois novatos que são foda, Rusty Anderson (guitarra) e Brian Ray (guitarra e baixo) que fizeram a última turnê, mas pelo jeito cairam nas graças do patrão. Banda excelente.

Depois de tocar "Blackbird" como no disco, ofereceu "Here Today" também só com o violão para John, George e Linda ("We love them", disse). No meio, cantava com a voz embargada e foi foda segurar a emoção. Depois atacou de "Back in the USSR" tão furiosamente (como se fosse pra espantar o "Exu") que nem parecia a mesma pessoa da música anterior. Foda. Como é que pode existir um artista assim? Coisa de geminiano, transtorno bi-polar, gênio, tudo misturado, sei lá.....

Das novas, tem uma "Nod Your head" que é prima-irmã do Helter Skelter e ficaria bem em um disco do Audioslave. Tocou o single, "Dance Tonight" que tem um clima folk que é muito legal.

Enfim, divertiu a platéia com piadas, deixou o palco ao som do coro de plateia com o nanananá final do Hey Jude, foi embora e como a platéia não parava, voltou e continuou com a banda acompanhando o coro.

No bis, em cada final de música entregava o Hofner ao roadie que fingia que lhe dava um esporro mostrando que a platéia queria mais e entregava o Hofner de volta. Truques simples e legais de um artista que vem de um tempo onde lasers, iluminação computadorizada, telões, etc, não existiam. Era "mach chau" como pedia toda noite o dono da boate que eles tocavam em Hamburgo. É isso, fazer show. Algo que pouca gente sabe fazer.

Bem, foi isso. Isso, além do David Gilmour passar na minha frente a bordo de uma morena vinte anos mais nova.

Rock is not dead...not yet. It will be when these bastards are gone (which unfortunately will happen soon).

Abraços".

 
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