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Dez adolescentes moram com mãe social para estudar balé
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IURI DE CASTRO TÔRRES
DO ENVIADO A JOINVILLE (SC)
Niedja Amorim de Andrade tem três filhos biológicos e dez "adotados". Ela é a mãe social de uma dezena de adolescentes de João Pessoa que estudam no Bolshoi.
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A jornada maternal da advogada e assistente social começou em 2003, quando a ela foi incumbida a tarefa de cuidar das dez crianças que foram aprovadas no balé, que são patrocinadas pela prefeitura de João Pessoa.
Desde o começo, ela é responsável por zelar por eles. "Desempenho o papel de mãe nos aspectos físicos e emocionais", diz.
E como é morar numa casa com dez adolescentes? "É uma confusão", admite.
"Mas também é muita alegria poder compartilhar com eles momentos importantes, como os meninos fazendo a barba pela primeira vez."
Rogério Silva/Folhapress | ||
Os jovens de João Pessoa com sua mãe social, Niedja |
Os jovens, no entanto, parecem gostar. Anielle Rolim, 17, diz que ganhou nove irmãos. Para Iure Dias, 17, a intimidade é tão grande que nem rola paquera. "Você vê as meninas acordando descabeladas", brinca.
"É uma oportunidade única para eles", avalia Niedja. "Muitos vieram de famílias de risco social e o balé é uma porta para o futuro."
"Algumas coisas só conto para minha mãe social", assume Anielle. "Vai ser muito difícil dar tchau para eles quando isso terminar", diz, emocionada, Niedja.
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