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'O fim desses rituais seria uma perda enorme', diz antropóloga
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DE SÃO PAULO
A antropóloga Sofia Madeira estudou, no Xingu, a reclusão de meninas kamayurás após a primeira menstruação. Elas ficam mais de um ano num cômodo escuro, sem ver homens e com uma dieta mais pobre.
Ela considera, porém, os rituais importantes. "Eles não acontecem só para a menina, mas em comunhão com o que aquela sociedade quer. Seria um perda enorme se eles não existissem."
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"É claro que às vezes as meninas ficam tristes, pois ouvem o barulho das outras correndo lá fora. Mas, nesse período, elas conversam com as mais velhas, aprendem como é a relação sexual, a fazer artesanatos, têm tempo para refletir."
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