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Crítica - Exposição

Mostra revê modernismos nacional e formal

Visitante pode escolher percurso composto por telas de viés mais nacionalista ou abstrato na Estação Pinacoteca

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

O modernismo brasileiro entre os anos 1920 e 1950 gerou algumas das obras-primas da arte nacional, caso de "Antropofagia", de Tarsila do Amaral, realizada em 1929. A icônica tela faz parte do debate sobre o caráter nacional na produção do país e é o carro-chefe da mostra "Arte no Brasil: Uma História do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo", que entra em cartaz hoje na Estação Pinacoteca.

A exposição dá continuidade à nova disposição do acervo do museu paulista, iniciada há dois anos, com a mostra "Arte no Brasil: Uma História na Pinacoteca de São Paulo", que aborda a formação da visualidade artística do país, desde o período colonial aos anos 1920.

Sem espaço para expansão na sede, na praça da Luz, o acervo passa agora a ser exibido também na Estação Pinacoteca, reunindo ainda obras da coleção José e Paulina Nemirovsky, em comodato no museu, caso de "Antropofagia". É uma mistura sábia, já que agora é possível uma visão de obras importantes de uma período até agora nem tanto valorizado.

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, a exposição reúne cerca de 50 trabalhos que traçam dois percursos distintos: por um lado o viés nacionalista, liderado por Tarsila, vista ainda em outras três pinturas; por outro, uma tendência mais formal, baseada em um pensamento construtivo, que culmina com as abstrações de Alfredo Volpi.

Cabe ao visitante optar por um desses percursos, sem que a curadoria aponte um maior ou menor valor a cada um deles. Na vertente nacional, telas de Portinari e Di Cavalcanti, enquanto na vertente formal, voltada a uma pesquisa sobre a próprio fazer pictórico, estão Flávio de Carvalho e Ismael Nery.

Assim como na disposição do acervo na Pinacoteca, a mostra na Estação inclui intervenções do educativo, que provocam quebras no caráter cronológico da exposição.

As duas obras que exercem esse papel agora são um estudo de "Caipira Picando Fumo" (1893), de Almeida Júnior e uma foto recente de Paraisópolis, de Tuca Vieira.

Ambas representam o debate sobre a brasilidade, seja no passado, seja no presente. Assim, a Pinacoteca não só reúne um time de artistas reconhecidos, mas promove uma reflexão que permite novas leituras sobre eles.


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