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Bailarinos tentam dançar a união total

Criação de americano e alemã que vivem em Berlim é apresentada hoje e amanhã em festival em São Paulo

Dupla se atraca com violência e ternura durante a coreografia, que já foi interpretada como trabalho de parto

IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO

A versão século 21 do "pas de deux" (passo de dois do balé) chega a São Paulo na obra "What they are instead of" do americano Jared Gradinger e da alemã Angela Schubot.

Os dançarinos vivem em Berlim. Estão pela primeira vez no Brasil, para o Festival Contemporâneo de Dança.

Na coreografia, eles experimentam o que seria a união total: dois corpos transformados em um. Além da dupla em cena, o público sai exausto da apresentação: são 60 minutos marcados pela respiração alta e sincopada dos bailarinos. E o espectador, sem notar, passa a respirar no mesmo ritmo.

Schubot conta que um obstetra alemão considerou o espetáculo uma interpretação perfeita do trabalho de parto.

Outros espectadores têm visão diferente. "Tudo o que veem é sexo", diz Gradinger, ao contar sobre vítimas de violência sexual que não conseguiram assistir até o final.

Em vários trechos, os dançarinos se atracam como lutadores de MMA, mas Grandiger diz que, na obra, a violência é igual à ternura. A dança e o amor contemporâneos, como a luta da moda, também têm seu lado de vale-tudo.


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