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Mac DeMarco, novo nome do indie, faz shows em SP
Pela primeira vez no Brasil, canadense de 23 anos apresenta novo álbum
Compositor mistura rock, pop e surf music e diz tocar com guitarra e sintetizadores baratos e de baixa qualidade
O cantor e compositor canadense Mac DeMarco, 23, antes de passar a receber elogios mundo afora, pegou no pesado. Enquanto não se estabelecia como músico, chegou a ser cobaia em pesquisas médicas e trabalhou na construção de estradas.
"Estou muito feliz por não ter mais que fazer essas merdas", diz à Folha, por e-mail. Pela primeira vez no Brasil, DeMarco toca, com sua banda, hoje e amanhã em São Paulo (ingressos esgotados) e na sexta em Porto Alegre (ainda há ingressos).
A vida melhorou em 2012, quando chamou a atenção na cena indie com dois discos, "Rock and Roll Night Club" e "2". Seu novo álbum, "Salad Days", tem lançamento marcado para 1º de abril --de verdade, diz ele-- e será a base dos shows da turnê no país.
Da época de vacas magras, usa os mesmos instrumentos. A guitarra, de onde saem riffs que já foram comparados aos de Mark Knopfler, custou menos de R$ 100 anos atrás. Os sintetizadores seguem a mesma (baixa) qualidade, diz ele, e devem estar ainda mais presentes em "Salad Days".
DeMarco também deve lançar no próximo semestre um álbum duplo, "White Chocolate", com o rapper americano Tyler, The Creator, 23, destaque da nova geração.
O canadense, que mistura rock, pop e surf music, intitula seu som de "jizz jazz". Mas o que é isso? "Acho que é fácil e divertido falar para os entrevistadores que é assim que a minha música é."
A irreverência e o humor também estão nas suas letras. DeMarco pode ir de uma ode à sua marca preferida de cigarros ("Ode to Viceroy") a um pedido de desculpas à mãe ("Freaking Out the Neighborhood").
Um conselho aos iniciantes? "Faça música se você ama. Se não, se foda."