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Teatro Aliança Francesa celebra 50 anos

Comemoração inclui apresentação de peça dirigida por Anne Kessler, da Comédie-Française, que estreia na sexta

Diretora veio ao Brasil a convite de atriz para encenar 'Não se Brinca com o Amor', montada com elenco brasileiro

FERNANDA REIS DE SÃO PAULO

Por seu palco, no centro de São Paulo, passaram na década de 1960 nomes como Eva Wilma, Regina Duarte, Juca de Oliveira, Stênio Garcia e Lilian Lemmertz.

Para comemorar os 50 anos de sua criação, o Teatro Aliança Francesa promove neste semestre uma programação especial com espetáculos de grupos internacionais, como a Compagnie Théatre des Hommes, de Paris.

O destaque da celebração é a peça "Não se Brinca com o Amor", escrita em 1834 por Alfred de Musset (1810-1857), dirigida por Anne Kessler, da Comédie-Française, companhia criada em 1680. A montagem estreia nesta sexta (5), com um elenco brasileiro.

O convite a Kessler partiu da atriz Janaína Suaudeau, que vive a protagonista Camille. "É um texto de que gosto muito. Em 2011, vi uma montagem em Paris e me bateu uma vontade enorme de fazer não só como atriz, mas de montar também", conta ela.

Após procurar uma tradução do texto em português e não encontrar, resolveu fazer sua própria versão, com a colaboração de Clara Carvalho, atriz do grupo Tapa.

"Não se Brinca com o Amor" conta a história de Camille e Perdican (Bruno Stierli), dois jovens apaixonados que foram prometidos em casamento quando crianças. Após uma temporada num convento, entretanto, Camille desiste do compromisso e resolve rechaçar seu amor.

Com o orgulho ferido, Perdican decide seduzir a camponesa Rosette (Natalia Gonsales) para fazer ciúmes em Camille, formando um triângulo amoroso envolto numa rede de mentiras, com consequências inesperadas.

"É um texto romântico, mas não piegas. Mostra que palavras e atos têm consequências. O título da peça diz tudo", afirma Suaudeau. "E Musset tem falas que são verdadeiros poemas." Anne Kessler logo embarcou no projeto. "Sonhava em dirigir essa peça. Acho muito grave mentir, por bons ou maus motivos, e na peça é feito um jogo muito perigoso", diz Kessler.

"No caso, são dois amantes que escondem a verdade um do outro. Mas essa situação de envolver outras pessoas numa mentira para chegar a algum lugar pode acontecer com qualquer um."

Kessler chegou há cerca de dois meses em São Paulo para trabalhar com o elenco, com o qual se comunica auxiliada pela tradutora e assistente de direção Rita Grillo.

"O trabalho com os brasileiros foi extraordinário. Os atores são excelentes, precisos. Logo tive a impressão de falar a mesma língua que eles", conta Kessler. "Essa peça não tem fronteiras. Fala de amor e de sentimentos, então é universal."


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