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Dupla produz música com videogames

Adepto da cumbia em versão eletrônica, Super Guachin se apresenta hoje na festa Happenings, em São Paulo

Argentinos misturam sons de computadores e jogos antigos com outros instrumentos para criar música pop

DANILA MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tango com batidas eletrônicas há muito deixou de ser novidade na música argentina. Hoje, na festa Happenings, tem-se a oportunidade de conhecer a cumbia em versão elétrica, do duo portenho Super Guachin, que alia sintetizadores e games retrô.

É com "palavrões" técnicos como chiptune, 8-bit e chipmusic que se define a produção de música por meio de videogames -como Atari e Game Boy- e computadores oitentistas. O grupo é um dos expoentes do método, com uma roupagem pop. "Não somos puristas, misturamos outros instrumentos."

Além de terem se apresentado na versão paulistana do Sónar, neste ano, a dupla deve fazer uma turnê em 2013 nos EUA, segundo contaram Ignacio e Luciano Brasolin à Folha.

Eles fazem parte do selo ZZK Records, conhecido na Argentina por apadrinhar músicos de vanguarda que utilizam novas tecnologias para fazer cumbia. O resultado surpreende pela sonoridade modernosa, que flerta, às vezes, com o hip hop e o dub.

Convites para turnês na Europa e EUA, além da participação em festivais como o SXSW, fizeram a ZZK começar a ser reconhecida como "uma coleção descontroladamente inventiva da música argentina, que é tão funk e descolada quanto as demais eletrônicas de vanguarda", como definiu o jornal americano "Los Angeles Times".

LATINOS UNIDOS

Desde 2010, há uma movimentação maior na cena de produtores latinos de chipmusic, impulsionada pela criação de um festival dedicado ao gênero, o "1 Lengua: 8-bit", inaugurado em março na Cidade do México.

Indagado sobre a existência de intercâmbio com artistas vizinhos, os dois respondem que "têm alguma interação, mas não achamos que rola uma relação muito maior. Nós nos identificamos mais com o 'fazer cumbia' do que pela chipmusic".

Ao contrário deles, mais afeitos a uma pegada regional, no Brasil a produção é tradicional e fiel aos métodos da chipmusic e já há quem se destaque. Neste ano, o paulista André Pagnossim, o Pulselooper, se apresentou no Blip Festival, em Nova York, maior evento do gênero.

Pagnossim reclama que "no Brasil não entendem que chipmusic é só mais um modo de fazer música, capaz de soar como house ou tecno. Não é musiquinha de videogame velho. É para dançar!".


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