São Paulo, terça, 25 de Maio de 1999 | ||
37 - "As seguradoras estão peitando", diz André Mendonça de Barros telefona para André. Informa que Clóvis Carvalho ligou e disse que estava tudo OK. Mas o Banco do Brasil ainda estava reclamando. A seguradora do BB não estaria disposta a assinar um acordo mudando a composição acionária da Telemar. "Vai dar merda. As seguradoras estão peitando", diz André. "Seguradoras porra nenhuma", responde Mendonça. André Lara Resende - Alô? Luiz Carlos Mendonça de Barros - Oi. André - Seguinte, estamos resolvendo o negócio do cheque aqui que está meio complicado. Chegamos à conclusão de que não vão liquidar às 3h30. Não têm como liquidar às 3h30. Tem que fazer. Eles depositam um cheque e nós depositamos um cheque na conta deles... nós depositamos um cheque na conta deles, em seguida, hoje, e corre cheque contra cheque... Mendonça - (inaudível) André - Não... eu acho... em não sei quem é. Mas a CLC (Câmara de Luquidação e Custódia) me garantiu que tudo bem. O cheque e o contracheque do banco... do BNDES, tudo. Porque o cheque-contracheque é só (inaudível) na (inaudível) se eles podem aplicar ou não, que poderiam perder uma (inaudível). Como é do BNDES, tudo bem. Então, isso tá mais ou menos resolvido. Agora, o problema continua sendo o negócio das seguradoras, né? Você falou, esteve mais com alguém? Mendonça - Não, tô aqui. André - Agora aqui, eu estou dizendo o seguinte. Os rapazes entenderam todos. Agora, o Banco do Brasil, a ordem lá, ele ainda não... porque como é Pedro Malan, não sei o quê, não chegou lá. Entendeu? Os caras estão se debatendo ainda. Agora, Luiz Carlos, nós não vamos pôr. É mais forte do que isso. O que eu digo é o seguinte: nós não podemos ceder neste negócio. Mendonça - Não, não. Claro que não. O Clóvis me ligou e eu disse que estava tudo OK. Se quiser, eu ligo para o Clóvis e falo o que tem que mandar fazer. André - ...Tá aqui... Deixa eu ver o que é... (dirigindo-se a José Pio Borges, que estava ao seu lado na sala)... As seguradoras estão dizendo que não assinam. Não reduzem a posição. Então não vão assinar. Mendonça - Então... Então vai dar merda. André - Vai dar merda. Eu estou dizendo. Agora, então, 'cê vê, os caras nas seguradoras estão peitando. Então, tem que dizer... Mendonça - ...Seguradoras porra nenhuma. Tem coisa que... André - Pois é, pois é. E este negócio é até 3h30, (dirigindo-se a Pio Borges) heim? O Zé está aqui com o Atílio aqui... Pio Borges - ...Tá tudo pronto. Hã? Agora as seguradoras não têm condição de vir assinar... (irritado) Tem que vir. André - Oh, lá. As seguradoras estão dizendo que não tem condições de vir assinar. Mendonça - Por quê? André - Não sei. Mendonça - Vão dar o mesmo golpe da Previ? André - Exatamente. Eles estão dizendo que não podem... Então, vão dar o golpe da Previ, da Previ de novo... Tão dizendo que não tem condição de vir assinar. Tão com o acordo, tá tudo aqui. Mas o que eu estou querendo acertar com você é o seguinte: não vamos ceder de jeito nenhum. Mendonça - (firme) Não, não. André - Agora, inclusive, é o seguinte, essas coisas... inclusive, pra gente, inclusive, quanto mais... nós... se... não é para dar confusão é bom que... Ah, (dirigindo-se a Pio Borges) o presidente da seguradora está no banco Fator, mas não recebeu nenhuma ordem para assinar... Brincadeira, né? O acordo de acionistas e de redução. O banco Fator (que assessorou as seguradoras do Banco do Brasil no leilão), no Rio. Mendonça - Tá, eu vou ligar pra la. André - Então tá.
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