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Fogo amigo

Funcionários do tipo 'e se não der certo?' podem gerar inseguranças na equipe quando chegam à liderança

O que fazer quando em uma equipe há pessoas que não trabalham para que os melhores resultados sejam atingidos? Ou pelo menos transmitem essa impressão? São pessoas que costumam apontar para o time mais os problemas de uma determinada situação. Perguntam com frequência "e se não der certo?", "e se ele não atender?", "e se não entregarem?", mas raramente trazem alternativas.

Elas dizem que estão "fazendo o máximo", mas para a equipe parece que demonstram empenho mínimo e, quando o projeto não dá certo, afirmam: "Eu avisei". Elas podem até não querer boicotar ou atrapalhar um projeto, mas o excesso de controle e de busca por segurança impede avanços.

Esse cenário pode piorar quando profissionais com esse perfil são colocados em posição de liderança. Costumam delegar, mas não assumem a responsabilidade pelas falhas e querem se apropriar dos resultados positivos.

Uma coisa precisa ficar clara em casos de liderança: delega-se funções a alguém e confere-se autonomia e autoridade para que outra pessoa leve a cabo a tarefa, mas ainda é responsável pelos resultados, sejam eles positivos ou não.

Em certos casos, funcionários mais críticos, mais concentrados nos processos, e não nas possibilidades, são úteis: eles costumam ser prevenidos e identificam fatores que as pessoas mais entusiasmadas e positivas consideram irrelevantes. É preciso ter um pouco de paciência com eles, porque os alertas feitos por eles podem ser úteis para a prevenção durante a realização de projetos.

O problema é promover pessoas com essas características a posições de liderança: elas tendem a provocar gargalos nos processos, por excesso de zelo ou por pura insegurança mesmo. Não estão estruturalmente preparadas para lidar com imprevistos, precisam de muitas informações, ou de todas, para tomar decisões e não gostam de correr riscos: por isso são controladoras e pouco flexíveis. Elas podem ser ótimas para processos bem estruturados, que exijam controles e a manutenção das normas e regras estabelecidas. O mais importante é tirar proveito das principais qualidades e características das pessoas para que não persista a percepção de que estamos diante de fogo amigo.


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