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Mobilizar as Massas

Negócios ainda têm dificuldades para captar recursos em 'vaquinhas virtuais'; veja como elevar suas chances

RICARDO BUNDUKY DE SÃO PAULO

O financiamento por "crowdfunding" (vaquinhas coletivas pela internet) tem crescido no Brasil, mas ainda é difícil conseguir recursos para negócios.

O Catarse, maior plataforma da modalidade no país, atingiu na semana a passada a marca de mil projetos financiados, que somam R$ 13,78 milhões em arrecadação. Mas quase metade dos projetos bem-sucedidos (46%) é de música ou cinema e vídeo.

O projeto que mais arrecadou na história do site foi o da banda carioca Forfun, que captou R$ 187 mil para a gravação de um DVD.

O valor equivale a seis vezes o obtido pela impressora 3D Metamáquina, que captou R$ 30 mil, tendo sido uma das campanhas de captação com mais dinheiro no site.

Uma pesquisa feita pela consultoria Chorus no ano passado, que ouviu 3.336 pessoas, aponta que a identificação com a causa é o principal fator para financiadores apostem em um projeto, recebendo nota 88 em uma escala que ia até 100.

De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados querem apoiar iniciativas culturais independentes. Só 24% estão interessados em viabilizar novos produtos.

Para Eduardo Nicz, 32, sócio da plataforma ComeçAki, o vídeo publicado na página da campanha desempenha um papel fundamental para estabelecer um vínculo com os possíveis apoiadores e para mostrar que a ideia de negócio pode ter viés social.

"É uma relação emocional. É no vídeo que o projetista interage com o público, mostra qual é o sonho dele. E ele toca as pessoas para realizar esses sonhos", afirma.

Segundo a pesquisa, parentes, amigos e pessoas próximas do realizador são os responsáveis pelo estímulo inicial, e representam de 55% a 80% da arrecadação total.

O americano Elliot Rosenberg, 24, que coletou US$ 31,2 mil (R$ 69 mil) na plataforma americana Indiegogo para abrir um negócio de turismo em favelas no Rio, diz que o ideal é que o autor do projeto já tenha ao menos 30% dos recursos garantidos com amigos antes de iniciar a campanha.

"Vale a pena pesquisar o mercado e fazer entrevistas com possíveis clientes: se eles comprariam o produto e se fariam a aquisição por um site de "crowdfunding"', afirma Rosenberg.

Também usa-se muito o sistema de recompensa para incentivar o financiamento --que varia de uma camiseta ou um chaveiro até o próprio produto anunciado, numa espécie de pré-venda.

Veja ao lado ensinamentos de autores de projetos de negócios para o Brasil mais bem-sucedidos nas plataformas internacionais Kickstarter e Indiegogo e na nacional Catarse.


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