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Finalista de disputa por vaga de trainee fala inglês e já trabalhou
Mais de 60% desses jovens fizeram estágio em grandes empresas
Embora os programas de trainee sirvam para desenvolver profissionais recém-formados e com potencial, a competição faz com que a maioria dos selecionados esteja quase "pronta".
Uma pesquisa da consultoria Seja Trainee com 813 finalistas desses processos seletivos mostra que 61% fizeram estágio em grandes companhias e 39% tiveram um trabalho efetivo.
A maioria dos jovens profissionais que passou ao menos da fase de dinâmica de grupo dessas seleções é homem, falante de inglês fluente, tem alguma experiência de estudo ou intercâmbio no exterior e em programas de voluntariado.
Para Kleber Piedade, diretor da consultoria, o candidato que chega à final é alguém que "corre atrás" e se informa. "Não existe mais espaço para quem não estagia, não tem experiências prévias. Os candidatos que têm potencial como líderes são os que se engajaram desde cedo, ainda na vida acadêmica", diz.
A presidente do grupo de recrutamento DMRH, Sofia Esteves, afirma que hoje 95% das empresas exigem inglês fluente, que se tornou o pré-requisito que mais reprova candidatos em processos seletivos para trainees.
"O idioma reprova de 60% a 70% deles. Se quer ser trainee, tem que saber falar."
De acordo com a pesquisa, 70% dos finalistas já fizeram ao menos uma viagem ao exterior --45% moraram fora do país de 3 a 12 meses.
Os consultores apontam que essa experiência é considerada diferencial pelas empresas porque, segundo eles, o indivíduo aprende a ter mais autonomia.
Mas não se trata de algo eliminatório. Quem não fez um intercâmbio pode tentar compensar isso por meio de investimento em leitura, filmes, pesquisas na internet e troca de experiências com outras pessoas, afirma Esteves.
Ela destaca que também é importante mostrar habilidades comportamentais, como iniciativa, capacidade de análise e resistência à frustração.
