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Hospital de Barretos amplia atendimento

Expansão da unidade triplicará número de crianças com câncer tratadas na instituição

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

O Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, inaugurou anteontem a segunda e última etapa da unidade para crianças que vai triplicar o atendimento ao câncer infantil.

Hoje, a instituição atende 220 novos casos por ano, todos pelo SUS.

Os recursos, de R$ 30 milhões, vieram de doações de pessoas físicas e jurídicas (renúncia fiscal) e de campanhas televisivas.

A nova área terá duas salas de cirurgia, 27 leitos de internação e outros seis de UTI.

Uma das novidades do hospital infantil é uma sala de cirurgia integrada com aparelho de ressonância magnética e um sistema de neuronavegação.

Segundo Luiz Fernando Lopes, coordenador médico da área de pediatria, o cirurgião poderá enxergar, por exemplo, se o tumor foi retirado por completo do cérebro. "A olho nu, os tecidos tumorais podem se confundir com os normais", explica.

Com a nova tecnologia, que custou R$ 7 milhões, a criança poderá ser submetida a uma ressonância magnética com o crânio aberto, ainda durante a cirurgia.

Antes, o exame era feito no dia seguinte ao procedimento, com o crânio já fechado. E, se as imagens apontassem que ainda havia restos do tumor, a criança tinha que fazer um novo procedimento.

Todos os setores da nova área também terão filtros para controlar infecção.

Isso possibilitará que o hospital adote protocolos internacionais para o tratamento de alguns tipos de câncer que demandam altas doses de quimioterapia.

"Isso é muito importante para evitar contaminação no ambiente hospitalar, especialmente em situações em que a criança está com a resistência muito baixa."

Henrique Prata, gestor do hospital, lembra que todo tratamento oferecido em um ambiente próprio para a criança e com profissionais treinados para esse fim tende a ter melhores resultados.

"Isso torna o sofrimento das crianças menor e a aceitação [ao tratamento] maior", afirma Prata.

Antes da unidade infantil, as cirurgias eram feitas em salas de adultos. As crianças também precisavam ficar nas UTIs de adultos.


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