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Assunto é tão difícil que até o nome dá medo

SALVADOR NOGUEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bóson de Higgs. Fala a verdade, até o nome dá medo. Não é à toa que o apelidaram de "partícula de Deus". O apelido parece facilitar as coisas. Só que não. O que Deus teria a ver com o tal bóson?

Para entender por que é tão difícil captar a mensagem, é preciso lembrar que essa partícula era a última figurinha que faltava para completar o álbum do Modelo Padrão --teoria que explica todas as forças conhecidas da natureza, exceto a gravidade.

Para achar o Higgs, foi preciso construir uma máquina grandiosa, capaz de acelerar prótons a uma velocidade estonteante e então fazê-los colidir. Quando isso acontece, no LHC (Large Hadron Collider), a energia dos prótons é convertida em partículas de todos os tipos. O Higgs é pesado, então é preciso muita energia para fazê-lo se materializar. Até hoje, só o LHC chegou lá.

Isso explica por que Peter Higgs e François Englert esperaram quase meio século para colocar as mãos no Nobel. Mas não esclarece por que é tão difícil entender a ideia por trás do tal bóson. Talvez porque ele seja o de menos. O importante mesmo é o campo de Higgs.

Toda partícula que transporta uma força da natureza --como o fóton, que compõe a luz-- tem um campo associado.

Higgs e Englert foram homenageados pela ideia de que existe um campo, permeando todo o espaço, que agiria como um "grude", impondo resistência às outras partículas --fenômeno que vemos como a massa delas. O bóson é só a "prova do crime" de que o campo de Higgs é a explicação certa para a atribuição de massa a todas as coisas do Universo.


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