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Foco

Cientista usa pinturas famosas para retratar desmatamento

PAULO GOMES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE EDIMBURGO

O pesquisador Iain Woodhouse, da Universidade de Edimburgo, encontrou uma maneira curiosa de chamar a atenção para seu objeto de estudo, o desmatamento. Para expressar "ausência", ele fez novas versões de obras dos pintores do século 19 Vincent Van Gogh, John Constable e Georges Seurat.

"Como representar a perda de algo?", pergunta retoricamente, enquanto mostra imagens das ilustrações. "Pela ausência", prossegue o professor da Escola de Geociência da universidade.

Woodhouse então apresenta reproduções das verdadeiras obras e esclarece: as árvores foram retiradas dos originais "Oliveiras com o Céu Amarelo e o Sol", de Van Gogh, "A Carroça de Feno", de Constable, e "Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte", de Seurat.

O pesquisador afirma que é relativamente fácil representar a importância de algo que está presente, mas que o mesmo não se dá com a falta de algo, como o desflorestamento.

"Não é fácil chamar a atenção do observador para algo que não está lá", diz. Elaborado em conjunto com a artista Alice Ladenburg, o projeto busca chamar a atenção para a causa ambiental.

CONSEQUÊNCIA POLÍTICA

Além de produzir versões "desmatadas" de obras famosas, o britânico também incentiva crianças no Maláui, na África, a plantarem e a darem nome a uma árvore. Segundo ele, com a proximidade criada pela nomeação, as crianças estabelecem vínculo afetivo com a "sua planta" e passam a cuidar do vegetal, regando-o regularmente.

A ideia é que o tema vire algo de importância para a população em geral. "Se isso vira uma questão relevante para o eleitorado, torna-se uma questão importante para os políticos."


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