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Ciência + Saúde

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Tumor que afeta cães existe há mais de 10 mil anos, diz estudo

Câncer transmissível se comporta como se fosse um parasita

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um cão que morreu há 11 mil anos parece ter conseguido uma estranha forma de imortalidade. Uma versão modificada de seu DNA continua em circulação, numa forma transmissível de câncer que hoje afeta cachorros do mundo inteiro.

Os dados sobre a antiguidade desse tipo de tumor estão na revista "Science". O estudo reuniu cientistas da Universidade de Cambridge e o brasileiro Andrigo Barboza de Nardi, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Unesp de Jaboticabal (SP), num esforço para obter o genoma completo desse tipo de câncer.

A leitura do DNA do CTVT (tumor venéreo transmissível canino) foi feita a partir de cânceres de dois cães: um vira-lata criado por aborígines da Austrália e uma cocker spaniel de Franca (SP).

O CTVT tem algo de enigma biológico porque é um dos únicos cânceres transmissíveis conhecidos. Na prática, ele se comporta como um parasita, quase como se fosse um ser vivo "independente".

A análise mostrou que o DNA dos dois cânceres tem milhões de mutações em comum entre eles e totalmente diferentes do perfil genético dos cães hospedeiros. Fica claro que os tumores descendem do mesmo ancestral.

Entender melhor o genoma do CTVT pode ajudar a melhorar o tratamento dos cães afetados e a enfrentar outras formas de câncer.


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