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Fiocruz, Embrapa e Inpe lideram pesquisa no país

Universidade de Leiden lança ranking de instituições de pesquisa do Brasil

Impacto dos trabalhos e nível de colaboração internacional são pontos mais importantes da metodologia holandesa

SABINE RIGHETTI FERNANDO TADEU MORAES DE SÃO PAULO

A Fiocruz é o melhor instituto de pesquisa do Brasil em termos de qualidade de produção científica, e o A.C.Camargo Cancer Center é o melhor hospital.

As informações são da Universidade de Leiden (Holanda). Pela primeira vez, cientistas da instituição usaram uma metodologia similar a de seus rankings universitários para um levantamento de produção científica. As instituições brasileiras foram as primeiras contempladas.

Entre as universidades, a USP é a primeira colocada.

O principal indicador dos holandeses é o impacto da pesquisa acadêmica produzida em cada instituição, ou seja, o quanto essa pesquisa é citada por trabalhos de outros cientistas.

Ganha mais pontos a instituição que tiver mais produção científica com mais impacto (entre os trabalhos 10% mais citados).

Outros critérios, como quantidade de trabalhos em colaboração internacional, também entram na conta.

A metodologia de Leiden, como ficou conhecida, já vinha sendo aplicada desde 2011 para classificar universidades internacionalmente.

No último ranking internacional de universidades feito por eles, a USP está em 678º lugar no mundo. Os primeiros lugares são todos de escolas dos EUA.

"Agora resolvemos usar a metodologia do ranking internacional de universidades para aplicar em instituições de pesquisa", disse à Folha Everard Noyons, cientista e coordenador do trabalho.

Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, diz que a produção de conhecimento científico é o cerne da instituição, mas ressalta que o projeto da fundação é marcado por uma visão da pesquisa para resolver problemas práticos.

A proposta de ranquear a produção científica especificamente do Brasil, diz Noyons, veio da organização do EBBC (Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cienciometria --área que estuda dados de produção científica).

Acabou virando uma espécie de "exercício acadêmico" e os resultados foram apresentados no congresso da EBBC, que ocorreu há duas semanas na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Os resultados estão disponíveis no site do trabalho (http://brr.cwts.nl/ranking), em inglês, onde é possível classificar, por exemplo, universidades brasileiras, institutos de pesquisa e hospitais.

A ideia do grupo, diz o especialista, é, a partir desse exercício no Brasil, trabalhar para incluir institutos de pesquisa no próximo ranking internacional do Leiden.

Mas os rankings são medidores confiáveis da qualidade das instituições?

"Nós não somos a favor de rankings. Mas eles existem e nós não podemos ficar de fora criticando", diz Noyons.

Gilberto Câmara, ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) diz que os institutos não podem ser julgados apenas pela sua produção científica.

"Não podemos reduzir instituições como a Embrapa e o Inpe à produção de artigos".

Segundo ele, muitos projetos do Inpe, como os ligados ao monitoramento da Amazônia, dificilmente geram artigos, mas são fundamentais para a instituição.


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