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Foco

Faculdade nos EUA desenvolve autópsia virtual em 3D guiada por "joystick"

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Um cadáver feminino de realidade virtual em 3D que flutua no espaço como se fosse um holograma. Para dissecá-lo, um joystick em vez de bisturis.

É assim que alunos da Faculdade de Odontologia da Universidade de Michigan, em Ann Arbor (EUA), estão aprendendo anatomia como complemento às aulas com cadáveres humanos reais.

"Nunca, nem no meu sonho mais ousado, pensei que isso seria possível", diz o neurocientista brasileiro Alexandre DaSilva, professor do curso de neurociência da dor e responsável pelo projeto.

Para ele, a principal vantagem do corpo virtual é a possibilidade de expandir as áreas anatômicas e examiná-las de diferentes ângulos.

"Posso cortar o cadáver que está flutuando no ar em dois com o joystick, e examinar os pulmões de um lado e os intestinos do outro", diz.

Também é possível refazer o corte e estudar cada região, como o cérebro, em múltiplos planos. "Na aula tradicional, assim que começamos a dissecar o cadáver, não há como refazer os cortes", diz ele.

Mas a tecnologia ainda tem limitações em relação ao estudo no corpo humano.

"Não há como simular a resistência natural dos tecidos durante a dissecação com bisturi real", explica o professor, que também dirige o laboratório de pesquisas em cefaleia e dor orofacial.

Uma nova versão do software, com mais recursos tecnológicos e melhor resolução de imagens, está sendo desenvolvida. O projeto custou US$ 400 mil.

Segundo DaSilva, a mesma tecnologia virtual pode ser usada para outros estudos científicos e educacionais.

Atualmente, vem sendo aplicada no seu curso para a navegação cerebral para avaliar um paciente real durante crise de enxaqueca.

Outras áreas, como engenharia e ciências naturais, já estão interessadas na tecnologia para estudar simulações de furacões ou dissecar dinossauros, por exemplo.


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