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Redes sociais conectam pessoas que gostam de cozinhar (e abrem suas casas para estranhos) com quem gosta de comer e ter novas experiências

RENATA MIRANDA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BERLIM

Era um domingo chuvoso em Berlim. A espanhola Ainara del Valle, 32, abriu seu apartamento de dois quartos, no centro da capital alemã, para receber cerca de 20 pessoas para um almoço.

Em comum, os convidados tinham apenas uma característica: eram completos estranhos que, entre uma fatia de quiche, uns goles de cerveja e algumas bolas de sorvete, buscavam trocar experiências e conhecer gente nova.

O encontro se deu por meio do Meal Sharing, rede social que coloca em contato usuários que gostam de cozinhar com gente que gosta de comer.

O site está ao lado de outros que surgiram no último ano com o mesmo propósito: unir pessoas por meio da gastronomia --conheça oito deles nesta reportagem.

E não se trata da gastronomia refinada. O que vale é trazer para o mundo de carne e osso as conversas que começaram na esfera virtual.

"É uma combinação entre boa comida e pessoas interessantes", diz Ainara, cofundadora do Meal Sharing, que hoje também promove eventos no Brasil, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Desde que entrou no ar, em meados de 2012, ela diz já ter participado tanto como anfitriã como convidada de mais de 40 refeições organizadas pela rede social.

"Você não precisa ser um chef experiente para ser anfitrião. Se o único prato que você sabe fazer é macarrão com molho de tomate também está ótimo."

O funcionamento desses sites é simples: cria-se um perfil (às vezes atrelado ao Facebook) e procura-se convites de refeições agendadas.

Depois de encontrar um almoço ou jantar apetitoso --os menus costumam estar disponíveis na descrição do evento--, o usuário só precisa entrar em contato com o anfitrião para combinar os detalhes, como horário e endereço.

E mais: as refeições anunciadas nesses sites são, na maioria das vezes, gratuitas.

Mas por que há interesse em interagir com estranhos em uma situação tão privada e íntima como uma refeição?

"Eu quero conhecer pessoas e aprender com elas", explicou Ainara. "Uma das refeições mais interessantes que já tive foi nos EUA com uma bióloga da China em um encontro que não teria acontecido se não fosse por intermédio do site."


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