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Quem quer pão?

Padeiros estreantes (e outros mais experientes) aceitam encomendas de pães fresquinhos, feitos artesanalmente e entregues em casa

MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO

Lembra daqueles leiteiros que, antes do amanhecer, deixavam garrafas de vidro na porta das casas? Pois agora padeiros (de profissão ou convicção) entregam pães fresquinhos, em São Paulo, para quem fizer encomendas pela internet ou pelo telefone.

A casa do padeiro Danilo Costabile, é invadida por um cheirinho de pão no forno todas as manhãs. É lá que ele produz as cerca de 20 unidades que entregará para seus clientes no horário do almoço.

Esse esquema caseiro, de jeitão vintage, pareceu perfeito para alguém que já fazia sucesso como padeiro entre amigos e não queria mais estar na publicidade. Hoje, o ex-diretor de arte se dedica exclusivamente à Draumur Bakari, pequena padaria aberta ao público há três meses. "Aumentamos a produção de acordo com a demanda. Hoje temos três pães e estamos fazendo testes", conta.

Os pães integrais (um com cinco tipos de farinha) e brancos são fermentados por 12 horas, devem ser encomendados com um dia de antecedência e são entregues na região da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

Vitoria Dworecka tem história mais antiga: entrega pães feitos por encomenda há oito anos. "É como uma assinatura de jornal. A diferença é que a entrega do pão é feita, em geral, uma vez por semana", diz. A produção, também caseira, é de cerca de 80 pães diários (parte vai para lojas). Eles podem ser, por exemplo, de grãos, de figos com nozes e de pera com semente de papoula.

Vitória tem o controle do que os clientes receberam nas últimas seis semanas e, assim, garante que as receitas não sejam repetidas e cansem paladares. "Mas tem cliente que come o mesmo pão há anos e não quer mudar, por mais que a gente faça uma forcinha", brinca. Cobrados por quilo no final do mês (o valor vem em um bilhetinho, na última entrega), os pães chegam em casa sempre depois do almoço -- quando estão fresquinhos, mas já esfriaram.

Edy Beny está começando. Ele, que estudou com o padeiro Rogério Shimura, ainda não deixou a profissão "oficial" de gerente de marketing. Sua pequena padaria, montada em casa, tem evoluído de tal maneira que Beny comprará um novo forno neste mês. "Produzo os pães e eu mesmo entrego, três vezes por semana."

Entre as receitas, cerca de 80% delas com fermento natural, estão a de pão integral multigrãos, ciabatta, baguete e croissant.

Com uma produção maior (chega a 320 pães por dia), Dênis Moriconi, da La Minuta, fornece o produto para lojas e inclui na fornada pedidos de "pessoas físicas". "São pães de longa fermentação vendidos a preços menores porque não tenho custos com funcionários de uma loja."

Os pedidos, de ao menos um quilo de pão, devem ser feitos com dois dias de antecedência.

Velha conhecida dos amantes de pão, Julice Vaz, da Julice Boulangère, também tem um projeto de assinatura de pães. A princípio, terá valores fechados e entregas periódicas, de segunda a sexta. "Vamos escolher produtos dentro daquele valor, considerando o que a pessoa gostaria de consumir." O projeto está sendo concluído e deve entrar em vigor em um mês.


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