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Fome de bola
Seleções encheram as malas de comida e fizeram pedidos inusitados, como vetar carne de elefante e esconder chopeira no centro de treinamento
A cidade, o clima da região, o hotel, a proximidade com o aeroporto, o esquema de segurança. As delegações das 32 seleções que estão no Brasil para disputar a Copa do Mundo pensaram em todos os detalhes para garantir que os jogadores só se preocupem com a bola e com os adversários. A alimentação, é claro, também recebeu a devida atenção.
A Folha entrou em contato com todas as seleções para descobrir o que os chefs colocam no prato dos atletas para tentar fazer deles campeões mundiais.
Há equipes que trouxeram um pouco de seus países para cá. Na bagagem, quilos e mais quilos de ingredientes usados no preparo de pratos tão típicos para eles quanto o arroz com feijão é para os brasileiros.
Outras fizeram exigências curiosas às cozinhas dos hotéis, como não servir carne de elefante nem de urso, mesmo que não se comam esses animais no Brasil.
Já o cardápio das delegações com membros muçulmanos foi adaptado para contemplar as restrições alimentares da religião. A carne, por exemplo, precisa ter o certificado halal --garantia de que, dentre outras condições, durante o abate o animal estava com a cabeça voltada para Meca e morreu sem sentir dor.
Depois de conhecer exigências e cardápios inusitados, destacamos as histórias mais singulares que estão por trás da alimentação dos jogadores de 21 seleções --inclusive a brasileira.
As outras 11 equipes, como Holanda, Croácia, Chile e Colômbia, afirmaram que não há nada de especial na dieta dos seus jogadores.
São cardápios formados basicamente por pratos com legumes, verduras, carnes magras e frutas --tudo com pouco sal e temperos leves.